São Paulo, domingo, 21 de junho de 2009

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sua carreira

Avaliação de riscos deve ser contínua

Profissional precisa considerar o todo e os detalhes

ANDRÉ LOBATO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Globalização complexa, incertezas quanto ao rumo da economia mundial e um cenário no qual indicadores de risco falharam complemente.
Nesse ambiente de negócios, profissionais que lidam com gerenciamento de projetos e criam estratégias em empresas e no governo encaram desafios.
Essas pessoas devem considerar o panorama de maneira holística, mas sem perder a capacidade de analisar matematicamente os detalhes.
O consultor Salvador Raza, um dos criadores do conceito de "design intelligence" (técnica que busca capacitar organizações para decisões em cenários complexos), afirma que é preciso trabalhar com o risco o tempo todo. "Não tem mais como medi-lo a priori."
Da formulação da estratégia à execução do projeto, as avaliações dos riscos e dos cenários devem ser feitas de maneira contínua, acrescenta Luis Fernando Almeida, professor de gestão estratégica da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).
Para André Coutinho, diretor da Symnetics (consultoria em estratégia), o profissional precisa trabalhar com o máximo de hipóteses, antecipar regras futuras, trabalhar com a interlocução e com a liderança e testar as possibilidades.
Ele argumenta que uma das maneiras de minimizar o risco é manter abertos os canais para que atores externos à organização também possam enriquecer as análises de cenário.
"Aumentar a capacidade de percepção reduz o risco", complementa Fernando Domingues, sócio-diretor da Mentor Consulting (estratégia).

Formação
Pensando na necessidade do mercado de ter gerentes de projetos capazes de realizar as ideias dos executivos, Cibele Carvalho, 21, investe em uma formação multidisciplinar, com sessões particulares conduzidas por Salvador Raza.
"É preciso um pouco de administração, engenharia de produção, ciência política, relações internacionais, direito, estatística e matemática", enumera Raza.
"Quero consolidar todos os conhecimentos necessários para ter uma visão mais executiva", diz Carvalho, que é coordenadora de projetos na IOB, empresa especializada em produtos fiscais.

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