COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O oftalmologista Claudio Lottenberg é presidente do Hospital Israelita Albert Einstein e foi secretário municipal de Saúde de São Paulo em 2005. Aos 48 anos, ele diz que não abre mão de se atualizar -principalmente em suas especialidades: cirurgia de catarata e de miopia.

 

FOLHA - A medicina mudou?
CLAUDIO LOTTENBERG - Muito. Antes, era pautada por uma relação entre o médico e o paciente onde o envolvimento humano tinha um papel vital. Bastava que o médico tivesse um conhecimento básico das doenças e dos tratamentos. Hoje, o paciente começa a exigir coisas relacionadas a qualidade de vida e longevidade.

FOLHA - O que o senhor recomenda a um vestibulando?
LOTTENBERG - Tem de ter muito claro que vai ter de estudar muito, deve obrigatoriamente fazer uma boa residência, é um indivíduo que vai ter de estudar a vida toda. Primeiro para se preparar e dar a largada, depois para se manter atualizado.

Pergunta da vestibulanda

MICHELLE DE QUEIROZ - Como está o mercado de trabalho?
LOTTENBERG - Falta pediatra, psiquiatra e oncologista em São Paulo. O jovem terá de decidir mais precocemente o que vai ser. O maior desafio que existe para os próximos anos é a imaginologia [radiologia]. Hoje o aparelho de tomografia localiza a lesão e a trata também, está acontecendo a convergência tecnológica. Os médicos vão mudar de perfil: vai haver médico tratador, diagnosticador e o superespecialista.


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