São Paulo, domingo, 21 de setembro de 2008

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FARMÁCIA

Campo para farmacêutico vai muito além das drogarias

Outros setores de trabalho são a indústria de cosméticos e alimentos

RACHEL COSTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Do tempo das boticas, com seus frascos, balcões e estantes de madeira, para os dias de hoje, muita coisa mudou na vida dos farmacêuticos. Inclusive as possibilidades de atuação.
Atualmente, o CFF (Conselho Federal de Farmácia) registra cerca de 65 atividades que podem ser realizadas por profissionais da área. Elas vão desde o trabalho com medicamentos a atividades relacionadas a cosméticos, alimentos ou análises clínicas e toxicológicas.
A estudante Renata Yuri, 17, que prestará vestibular para o curso no fim do ano, brinca que tenta "convencer as pessoas" de que farmacêuticos não estão só atrás dos balcões das drogarias. Interessada em fazer carreira na área de cosmetologia, Renata aposta nas diversas possibilidades de atuação como garantia de emprego.
As perspectivas de mercado são boas. Pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas em outubro de 2007, analisando carreiras ligadas à indústria, aponta a farmácia como uma das áreas de maior crescimento nos próximos anos.
O estudo pode ser comprovado, na prática, com o exemplo de quem já se formou. Camila Depieri, 26, concluiu o curso há dois anos e meio e teve um bom início de carreira. Contratada pela Medley, uma das maiores indústrias farmacêuticas do Brasil, Camila trabalha hoje com a regulamentação de novos medicamentos.
"Essa função é bem remunerada e tem muito emprego, porque a maioria dos recém-formados não sabe que pode trabalhar com isso", diz Camila.
Neste ano, a Comissão de Ensino do CFF realizou um levantamento do número de cursos existentes no país. Foram catalogadas 306 instituições que ofereciam graduação em farmácia. Destas, a maior parte (86,9%) era formada por instituições privadas.
Se comparado ao número de cursos de 1996, houve um aumento de 347%. O incremento é acompanhado pela preocupação do conselho em relação à qualidade dos cursos.
Para quem vai prestar vestibular, uma boa dica é, antes de realizar a escolha, buscar informações sobre qual é o desempenho do curso e da universidade nas avaliações do MEC, como o Enade (antigo Provão).
A atenção do profissional com a formação é fundamental. Como enfatiza a gerente de desenvolvimento de produtos da empresa de cosméticos Natura, Ana Paula de Oliveira, "[para fazer farmácia] tem de gostar de estudar muito".


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