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FARMÁCIA
Campo para farmacêutico vai muito além das drogarias
Outros setores de trabalho são a indústria de cosméticos e alimentos
RACHEL COSTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Do tempo das boticas, com
seus frascos, balcões e estantes
de madeira, para os dias de hoje, muita coisa mudou na vida
dos farmacêuticos. Inclusive as
possibilidades de atuação.
Atualmente, o CFF (Conselho Federal de Farmácia) registra cerca de 65 atividades que
podem ser realizadas por profissionais da área. Elas vão desde o trabalho com medicamentos a atividades relacionadas a
cosméticos, alimentos ou análises clínicas e toxicológicas.
A estudante Renata Yuri, 17,
que prestará vestibular para o
curso no fim do ano, brinca que
tenta "convencer as pessoas"
de que farmacêuticos não estão
só atrás dos balcões das drogarias. Interessada em fazer carreira na área de cosmetologia,
Renata aposta nas diversas
possibilidades de atuação como
garantia de emprego.
As perspectivas de mercado
são boas. Pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas em
outubro de 2007, analisando
carreiras ligadas à indústria,
aponta a farmácia como uma
das áreas de maior crescimento
nos próximos anos.
O estudo pode ser comprovado, na prática, com o exemplo
de quem já se formou. Camila
Depieri, 26, concluiu o curso há
dois anos e meio e teve um bom
início de carreira. Contratada
pela Medley, uma das maiores
indústrias farmacêuticas do
Brasil, Camila trabalha hoje
com a regulamentação de novos medicamentos.
"Essa função é bem remunerada e tem muito emprego, porque a maioria dos recém-formados não sabe que pode trabalhar com isso", diz Camila.
Neste ano, a Comissão de Ensino do CFF realizou um levantamento do número de cursos
existentes no país. Foram catalogadas 306 instituições que
ofereciam graduação em farmácia. Destas, a maior parte
(86,9%) era formada por instituições privadas.
Se comparado ao número de
cursos de 1996, houve um aumento de 347%. O incremento
é acompanhado pela preocupação do conselho em relação à
qualidade dos cursos.
Para quem vai prestar vestibular, uma boa dica é, antes de
realizar a escolha, buscar informações sobre qual é o desempenho do curso e da universidade nas avaliações do MEC,
como o Enade (antigo Provão).
A atenção do profissional
com a formação é fundamental.
Como enfatiza a gerente de desenvolvimento de produtos da
empresa de cosméticos Natura,
Ana Paula de Oliveira, "[para
fazer farmácia] tem de gostar
de estudar muito".
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