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sua carreira
Crédito reaquece busca por corretor
Procura pela carreira cresceu; segundo conselho, metade dos inscritos vem de outras áreas
NATALIE CATUOGNO CONSANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O mercado de imóveis está
recuperando os índices que
ostentava antes da crise arrefecer as vendas do setor. Com
isso, sobe também a demanda
por corretores de imóveis.
"Hoje, a indústria da construção civil tem deficit de profissionais em todas as áreas,
incluindo vendas", ressalta Alexandre Tirelli, presidente em
exercício do Sciesp (Sindicato
dos Corretores de Imóveis no
Estado de São Paulo).
A carreira é considerada promissora pelos especialistas ouvidos pela Folha. Entre as razões, eles apontam o programa
habitacional "Minha Casa, Minha Vida", do governo federal,
a retomada do crédito imobiliário e o deficit de habitações.
O interesse pela profissão
tem crescido também. Segundo José Augusto Viana Neto,
presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores
de Imóveis), que credencia
esses profissionais, em 2008, o
órgão habilitou 6.000 novos
corretores. Em 2009, esse
número vai passar de 8.000.
"Metade das solicitações de
credenciamento é feita por formados em outras áreas, que
estão vindo para o mercado
imobiliário", aponta Viana.
A procura é justificada não
apenas pela demanda por parte
do setor, mas pela remuneração, que pode chegar a 6% do
valor do imóvel, no caso de usados, e pela relativa facilidade de
começar na área.
Segundo a regulamentação
da profissão (lei nº 6.530/78),
para ser corretor é preciso fazer um curso de nível médio, o
TTI (técnico em transação
imobiliária), e, depois, pedir
credenciamento no Creci.
O TTI pode ser feito a distância e tem duração de cerca de
seis meses. O Sciesp mantém
um curso desse tipo.
Apesar de não haver exigência oficial de graduação, ter formação de nível superior -em
qualquer área- é um atributo
valorizado no mercado (veja
mais nesta página).
Fim de semana
Embora tenha remuneração
atraente, a área exige. "Quem
trabalha muito ganha mais.
Não se pode fechar o restaurante na hora do almoço", compara
Feliciano Giachetta, diretor da
FGi Negócios Imobiliários.
Em geral, é preciso trabalhar
nos finais de semana e não há
remuneração fixa nem benefícios -o corretor é autônomo,
na maioria dos casos. Além disso, o profissional precisa ter
controle emocional e financeiro, avaliam especialistas.
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