São Paulo, domingo, 22 de novembro de 2009

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sua carreira

Crédito reaquece busca por corretor

Procura pela carreira cresceu; segundo conselho, metade dos inscritos vem de outras áreas

NATALIE CATUOGNO CONSANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O mercado de imóveis está recuperando os índices que ostentava antes da crise arrefecer as vendas do setor. Com isso, sobe também a demanda por corretores de imóveis.
"Hoje, a indústria da construção civil tem deficit de profissionais em todas as áreas, incluindo vendas", ressalta Alexandre Tirelli, presidente em exercício do Sciesp (Sindicato dos Corretores de Imóveis no Estado de São Paulo).
A carreira é considerada promissora pelos especialistas ouvidos pela Folha. Entre as razões, eles apontam o programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida", do governo federal, a retomada do crédito imobiliário e o deficit de habitações.
O interesse pela profissão tem crescido também. Segundo José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), que credencia esses profissionais, em 2008, o órgão habilitou 6.000 novos corretores. Em 2009, esse número vai passar de 8.000.
"Metade das solicitações de credenciamento é feita por formados em outras áreas, que estão vindo para o mercado imobiliário", aponta Viana.
A procura é justificada não apenas pela demanda por parte do setor, mas pela remuneração, que pode chegar a 6% do valor do imóvel, no caso de usados, e pela relativa facilidade de começar na área.
Segundo a regulamentação da profissão (lei nº 6.530/78), para ser corretor é preciso fazer um curso de nível médio, o TTI (técnico em transação imobiliária), e, depois, pedir credenciamento no Creci.
O TTI pode ser feito a distância e tem duração de cerca de seis meses. O Sciesp mantém um curso desse tipo.
Apesar de não haver exigência oficial de graduação, ter formação de nível superior -em qualquer área- é um atributo valorizado no mercado (veja mais nesta página).

Fim de semana
Embora tenha remuneração atraente, a área exige. "Quem trabalha muito ganha mais. Não se pode fechar o restaurante na hora do almoço", compara Feliciano Giachetta, diretor da FGi Negócios Imobiliários.
Em geral, é preciso trabalhar nos finais de semana e não há remuneração fixa nem benefícios -o corretor é autônomo, na maioria dos casos. Além disso, o profissional precisa ter controle emocional e financeiro, avaliam especialistas.


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