FREE-LANCE PARA A FOLHA

Você foi demitido, limpou as gavetas e recebeu algum dinheiro pela rescisão. Depois de alguns dias em casa, pensando em como vai pagar todas as contas, o telefone toca e é uma pessoa contratada pela empresa que o dispensou.
O motivo do telefonema é oferecer ajuda para que você consiga um novo emprego. Querem lhe ensinar como elaborar o seu currículo e como se comportar em entrevistas e dinâmicas de grupo.
O que ganha com isso é óbvio: mais chances de voltar ao mercado de trabalho. O que o ex-empregador ganha, segundo especialistas, é consolidar a imagem de "empresa responsável", manter a motivação dos funcionários e diminuir os riscos de reclamações trabalhistas na Justiça.
Quinze dias depois de sua demissão da Volkswagen, Sidnei Xandu, 38, que era controlador estatístico de processo, foi convidado a participar de um curso. Assistiu a aulas semanais durante cinco meses até conseguir um emprego em uma concessionária.
"Eu não esperava que a empresa se preocupasse de fato com o que acontece com um ex-funcionário", afirma Xandu. Ele conta que ganha hoje cerca de 30% menos do que antes. "Não pude escolher muito, mas estou satisfeito."


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