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TRABALHO DE RISCO
Salário e emprego formal "não estão no gibi"
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Nada de férias e horário fixo.
Carteira assinada, raramente.
Quem quer ganhar a vida desenhando deve se preparar para entrar em um mercado que já instituiu o uso de free-lancers. Ou seja,
você geralmente ganha de acordo
com o volume que produz.
"Os acomodados não se adaptam", adianta o quadrinista e ilustrador Osnei Furtado da Rocha, o
Roko, 47, no mercado há 28 anos.
Para ele, há diversas opções de
atuação. "O mercado de gibis está
mais fechado, porém há o quadrinho editorial (jornais e revistas), o
publicitário, a ilustração de livros
didáticos e outras opções", diz.
Difícil é convencer a família de
que o trabalho é sério e dá retorno
financeiro. "Meu pai sempre me
cobrava um emprego "de verdade'", lembra Luciano Queiroz, 28.
Assinando como Luke Ross, ele
chegou a desenhar o consagrado
Homem-Aranha para gibis dos
Estados Unidos. Hoje é um dos
sócios da Impacto Quadrinhos,
que dá cursos profissionalizantes
e faz projetos no Brasil e nos EUA.
Desenhista profissional há 20
anos, Álvaro Omine, 38, diz que,
com os cursos e a Internet, o caminho está "mais fácil" para
quem quer começar. "Mas é preciso dedicação e autocrítica."
"Num país em que não há muitos empregos formais, os quadrinhos podem ser uma boa opção",
diz Waldyr Igayara, 65, um dos
primeiros desenhistas brasileiros
a assinar quadrinhos Disney.
Criador da personagem Aline e
veterano dos quadrinhos, o desenhista Adão Iturrusgarai, 35, dá
dicas para quem quer se dar bem
na área: "Tem de desenhar muito.
Até criar um estilo próprio, é importante observar vários artistas.
E não basta um bom desenho, é
preciso ter o que contar. Para isso,
recomendo ler sempre".
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