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cursos
Entre cursos oferecidos a técnicos estão mitologia grega, música e teatro
Empresas ampliam formação humanística de especialistas
CRISTIANE ALVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Filosofia, mitologia grega,
música, teatro e contação de
histórias. Cursos como esses,
que passam longe das salas de
aula em engenharia, biologia ou
estatística, por exemplo, entraram para o rol de treinamentos
oferecidos pelas empresas.
O objetivo é claro: proporcionar aos funcionários formação
mais ampla, além do conhecimento estritamente técnico.
O foco é a formação humana,
o que influencia o relacionamento entre equipes, o comportamento do profissional e,
com isso, o êxito dos negócios.
A farmacêutica Merck Sharp
& Dohme é uma das que adotam a estratégia. Nela, funcionários participam de cursos
voltados para o desenvolvimento de competências pessoais -e não só profissionais.
Um exemplo é o curso "Educação do Olhar na Arte", que
trabalha o autoconhecimento e
o autodesenvolvimento. "O objetivo é estimular [o colaborador] a ampliar a visão, a fazer
críticas, a ter relacionamentos
melhores", explica a gerente de
recursos humanos, Cida Reed.
A Companhia Vale do Rio
Doce também investe nesse tipo de formação. Em setembro,
realizou na empresa um curso
sobre os pensamentos do filósofo Michel Foucault. Até dezembro, abordará assuntos heterogêneos, como o pensamento de Platão e a física quântica.
"Todo homem deve pensar
sobre si. Quem busca esse nível
de consciência faz a diferença
não só na Vale mas no mundo",
diz Washington Ferreira, gestor de núcleo da mineradora.
Mais produtividade
Na ArvinMeritor, do setor
automotivo, há cursos de mitologia grega, terapia organizacional, psicologia e história. A
meta é facilitar o entendimento
das relações interpessoais.
Na avaliação do gerente de
recursos humanos da empresa,
Marcos Valença dos Santos,
os módulos "sensibilizam e facilitam a comunicação e a compreensão de cada reação [dos
membros das equipes]".
Os resultados dessa iniciativa, afirmam especialistas, surgem na mudança de atitudes
das lideranças e das equipes e
no desempenho em geral.
"Melhora a produtividade
porque há comprometimento e
união", explica Marina Machado Gaudêncio, consultora do
Instituto Paulo Gaudêncio.
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