|
Texto Anterior | Índice
Recém-formados seguem rumos alternativos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Assim como os graduandos encontram novas opções profissionais, alguns médicos recém-formados seguem rumos diferentes:
nem todos ingressam na residência ao terminarem a faculdade.
É o caso de Ana Gabriela Duarte. A universitária de 25 anos formou-se em 2004 na Unicamp e
preferiu tentar o mestrado em
biologia a prestar o exame para
tornar-se residente médica.
"Pensei em especializar-me em
pediatria, mas, ao longo do curso,
percebi que não gostava da parte
invasiva", afirma a mestranda,
que credita a mudança de planos
à falta de experiência prática durante os estudos. "Se tivesse visto
de perto a rotina de um médico,
teria obtido uma noção mais
completa e real da profissão."
Para ela, muitos acabam optando pela residência devido a uma
necessidade de corresponder às
expectativas. "É natural que pais,
amigos e parentes esperem que
se exerça a profissão como um
médico tradicional", avalia.
A maioria segue mesmo esse caminho. Mas nem todos conseguem passar no exame de residência logo que se formam.
"O teste é mais concorrido do
que vestibular", constata Fabio
Tambascia, 29, residente da área
de patologia clínica do Hospital
das Clínicas da Unicamp.
Por causa da concorrência,
Tambascia optou por não inscrever-se no exame logo que se formou e decidiu atuar como médico de família. "Durante um ano,
fui plantonista de um programa
em que fazia visitas às famílias.
Nesse período, até juntei dinheiro
e comprei um carro", conta.
Segundo ele, somente após essa
experiência se sentiu seguro para
enfrentar o disputado exame.
Texto Anterior: Residente ganha estágio voluntário e curso a distância Índice
|