São Paulo, domingo, 25 de junho de 2006

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Profissional segue trilhas distintas no terceiro setor

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Existem no Brasil mais de 276 mil organizações da sociedade civil. Só no Sudeste estão concentradas 44% de todas as instituições, segundo o IBGE.
Para o professor Luiz Carlos Merege, coordenador do Centro de Estudos do Terceiro Setor, da Fundação Getulio Vargas, o leque de opções de trabalho aumentou bastante, em especial nos anos 1990, quando 62% das entidades foram criadas. "Novas profissões estão surgindo, como a de captador de recursos para organizações."
Apesar da profissionalização crescente no setor, ainda não há cursos de graduação na área. "Os conceitos estão sendo formados. Depois de solidificados, poderão ser transmitidos de forma sistematizada", afirma Célia Cruz, diretora da Ashoka.
Para a diretora-executiva da Fundação Lemann, Ilona Becskeházy, a presteza e o desempenho do profissional do terceiro setor devem ser os mesmos do da iniciativa privada. Porém, ao lidar com o cliente, é preciso ter uma "sensibilidade especial". "Nosso público é diferente, tem mais necessidades e nem sempre entende a dimensão de seus problemas." Ela completa: "Não há como galgar a carreira, já que há menos níveis hierárquicos do que nas empresas".
Quanto ao salário, é possível ganhar mais do que no setor privado. "Isso já ocorre nos EUA e na Europa", diz Merege. Dados da FGV, no entanto, revelam que essa realidade ainda é remota por aqui: os salários do terceiro setor são 30% inferiores aos de empresas. (CN)


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