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Profissional segue trilhas distintas no terceiro setor
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Existem no Brasil mais de
276 mil organizações da sociedade civil. Só no Sudeste estão
concentradas 44% de todas as
instituições, segundo o IBGE.
Para o professor Luiz Carlos
Merege, coordenador do Centro de Estudos do Terceiro Setor, da Fundação Getulio Vargas, o leque de opções de trabalho aumentou bastante, em especial nos anos 1990, quando
62% das entidades foram criadas. "Novas profissões estão
surgindo, como a de captador
de recursos para organizações."
Apesar da profissionalização
crescente no setor, ainda não
há cursos de graduação na área.
"Os conceitos estão sendo formados. Depois de solidificados,
poderão ser transmitidos de
forma sistematizada", afirma
Célia Cruz, diretora da Ashoka.
Para a diretora-executiva da
Fundação Lemann, Ilona Becskeházy, a presteza e o desempenho do profissional do terceiro
setor devem ser os mesmos do
da iniciativa privada. Porém, ao
lidar com o cliente, é preciso ter
uma "sensibilidade especial".
"Nosso público é diferente, tem
mais necessidades e nem sempre entende a dimensão de seus
problemas." Ela completa:
"Não há como galgar a carreira,
já que há menos níveis hierárquicos do que nas empresas".
Quanto ao salário, é possível
ganhar mais do que no setor
privado. "Isso já ocorre nos
EUA e na Europa", diz Merege.
Dados da FGV, no entanto, revelam que essa realidade ainda
é remota por aqui: os salários
do terceiro setor são 30% inferiores aos de empresas.
(CN)
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