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SAÚDE/BIOLÓGICAS
Múltiplos caminhos marcam a área
Autoconhecimento ajuda a desvendar o melhor rumo a tomar; fisioterapia é o destaque
RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Antigamente simples, a saúde tornou-se hoje uma das mais
intrincadas áreas profissionais.
Sua complexidade aparece logo
na hora da escolha: existem 12
subáreas e, dentro delas, há a
possibilidade de clinicar, administrar, pesquisar e ensinar.
Um mergulho na própria
mente pode ajudar na decisão.
"Existem alguns tipos psicológicos mais freqüentes no profissional da área de saúde", diz a
psicóloga Tania Casado,
professora da USP.
Segundo ela, essas ocupações
são exercidas por pessoas mais
ligadas a aspectos concretos e
interessadas nos sentimentos
alheios, que trabalham melhor
com questões "palpáveis" e lidam com as informações utilizando os cinco sentidos.
Há, porém, 16 combinações
possíveis de "tipos", segundo
estabeleceu o psiquiatra Carl
Gustav Jung, e somos todos resultantes delas, o que reflete
em nossas escolhas na carreira.
Na pediatria, por exemplo,
apareceria a maior concentração de profissionais ligados à
emoção. Entres cirurgiões e intensivistas, predominariam as
pessoas que tomam decisões
rapidamente e gostam de colocar conhecimentos em prática.
Para acertar na escolha da
carreira, portanto, o segredo é
estar atento às próprias preferências. O próximo passo é estudar o potencial de cada ramo.
"As possibilidades do mercado de trabalho atraem muito
hoje. Dentro da saúde, há outra
variável: a dificuldade para
conseguir uma vaga em medicina, o que leva as pessoas a fazer
outros cursos", diz Heloisa Leite, professora do MBA em saúde do Coppead-UFRJ.
Para ela, a fisioterapia é a
"bola da vez". "As pessoas somatizam muito o estresse,
criando problemas físicos."
Se for assim, Ana Carolina
Markesz, 22, está no caminho
certo: acaba de abrir sua clínica
de fisioterapia. "Joguei vôlei
por seis anos. Tinha tendinite,
torcia os tornozelos. Resolvi estudar e ajudar outros atletas."
Na odontologia, que perdeu
muitos pacientes para o progresso e para a redução na incidência de cáries na população,
a aposta é a cirurgia. "Cuidamos de todos os acidentados na
face", diz o cirurgião-dentista
Sylvio Nosé, professor da USP.
Para os amantes da tecnologia, a saída é a informática médica, segundo Teresa Sacchetta, diretora de TI do centro de
medicina diagnóstica Fleury.
"Esse ramo tem profissionais
diferenciados. E nem é preciso
ter formação em medicina."
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