São Paulo, domingo, 25 de junho de 2006

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SAÚDE/BIOLÓGICAS

Múltiplos caminhos marcam a área

Autoconhecimento ajuda a desvendar o melhor rumo a tomar; fisioterapia é o destaque

RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Antigamente simples, a saúde tornou-se hoje uma das mais intrincadas áreas profissionais. Sua complexidade aparece logo na hora da escolha: existem 12 subáreas e, dentro delas, há a possibilidade de clinicar, administrar, pesquisar e ensinar.
Um mergulho na própria mente pode ajudar na decisão. "Existem alguns tipos psicológicos mais freqüentes no profissional da área de saúde", diz a psicóloga Tania Casado, professora da USP.
Segundo ela, essas ocupações são exercidas por pessoas mais ligadas a aspectos concretos e interessadas nos sentimentos alheios, que trabalham melhor com questões "palpáveis" e lidam com as informações utilizando os cinco sentidos.
Há, porém, 16 combinações possíveis de "tipos", segundo estabeleceu o psiquiatra Carl Gustav Jung, e somos todos resultantes delas, o que reflete em nossas escolhas na carreira.
Na pediatria, por exemplo, apareceria a maior concentração de profissionais ligados à emoção. Entres cirurgiões e intensivistas, predominariam as pessoas que tomam decisões rapidamente e gostam de colocar conhecimentos em prática.
Para acertar na escolha da carreira, portanto, o segredo é estar atento às próprias preferências. O próximo passo é estudar o potencial de cada ramo.
"As possibilidades do mercado de trabalho atraem muito hoje. Dentro da saúde, há outra variável: a dificuldade para conseguir uma vaga em medicina, o que leva as pessoas a fazer outros cursos", diz Heloisa Leite, professora do MBA em saúde do Coppead-UFRJ.
Para ela, a fisioterapia é a "bola da vez". "As pessoas somatizam muito o estresse, criando problemas físicos."
Se for assim, Ana Carolina Markesz, 22, está no caminho certo: acaba de abrir sua clínica de fisioterapia. "Joguei vôlei por seis anos. Tinha tendinite, torcia os tornozelos. Resolvi estudar e ajudar outros atletas."
Na odontologia, que perdeu muitos pacientes para o progresso e para a redução na incidência de cáries na população, a aposta é a cirurgia. "Cuidamos de todos os acidentados na face", diz o cirurgião-dentista Sylvio Nosé, professor da USP.
Para os amantes da tecnologia, a saída é a informática médica, segundo Teresa Sacchetta, diretora de TI do centro de medicina diagnóstica Fleury. "Esse ramo tem profissionais diferenciados. E nem é preciso ter formação em medicina."


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