São Paulo, domingo, 26 de maio de 2002

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ROTATIVIDADE

Nem sempre trocar emprego é crescer

DARIO GUIMARÃES
ESPECIAL PARA A FOLHA

Mais do que fidelidade, o que está em jogo numa mudança de emprego é a carreira. E o profissional deve refletir sobre: Aonde quer chegar? Em quanto tempo? Quais são suas habilidades? Quais aquelas que ainda precisa desenvolver? E o que isso vai exigir?
É comum o sucesso na carreira vir associado a uma ascensão rápida. Alguns profissionais sentem-se impelidos a trocar de empresa para obter promoções ou aumentos salariais significativos.
O que nem sempre eles consideram é que o desenvolvimento de habilidades gerenciais representa um processo complexo, que acontece em etapas.
Por vezes, para o profissional, é melhor permanecer na empresa que lhe dê a oportunidade de aperfeiçoar suas habilidades e, em contrapartida, que enxergue e valorize sua contribuição, dando-lhe autonomia e espaço para que influencie nas decisões. Mesmo que a promoção não venha tão rapidamente como gostaria.
Mudar de empresa é, em geral, um recomeço: compreender o novo negócio, construir "networks" (redes de contatos), gerar resultados que comprovem a eficiência e permitam obter maior autonomia e influência.
Ao preocupar-se apenas com o crescimento rápido, o profissional arrisca-se a queimar etapas, deixando de enfrentar uma série de dificuldades que lhe dariam a consistência necessária para encarar desafios maiores e mais complexos pela frente.


Dario Guimarães, 35, é coordenador de projetos da Across, empresa especializada na gestão de carreiras



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