S?o Paulo, domingo, 26 de junho de 2011

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Piquenique e peruca viram diferenciais

Iniciativas inusitadas devem ser atreladas a programas sólidos de crescimento profissional, dizem especialistas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A gerente de vendas Lidiane Tahan, 33, foi ao trabalho fantasiada. Passou noites vendo filmes e comendo pipoca com colegas na empresa. Sem contar a vez em que ela e outros profissionais usaram peruca no expediente.
Fugir do convencional é regra para algumas empresas, como o Google ""da qual a profissional faz parte"", dispostas a atrair talentos.
Tahan, que entrou como estagiária em 2007, é toda elogios ao clima de descontração da companhia: é isso, segundo ela, o que ajuda a fortalecer o espírito de equipe.
"É uma forma divertida de manter o bom ambiente de trabalho, mas com responsabilidade", avalia.
Atividades lúdicas de integração não são a única aposta para motivar e estimular a equipe. Há verba para educação, mas não só para cursos de pós. O subsídio vale para aulas de marcenaria, fotografia ou quaisquer outras que tragam "conteúdo novo".
Para a diretora de RH do Google para a América Latina, Monica Santos, os benefícios são diferenciais. "Entretanto, não queremos ser lembrados somente pelo ambiente motivador mas sim por reconhecer os jovens com bom desempenho e, ao término do programa, poder torná-los funcionários."
A descontração também está nos happy hours ""em que só vale falar em idioma estrangeiro"" da HVS. A empresa de marketing também promove palestras mensais seguidas por piqueniques.
"É uma forma mais descontraída de utilização do idioma fora da sala de aula", assinala a diretora de marketing, Luciana Iodice.
Os diferenciais, diz a diretora da Cia de Talentos, Carla Esteves, ajudam a atrair jovens, mas a estrutura do programa é o mais importante. "Deve contemplar chances concretas de crescimento, de assumir funções estratégicas e de ter exposição dentro e fora da empresa."
Para Gutemberg Macedo, presidente da consultoria Gutemberg, as apostas para diversificar os programas são válidas, mas precisam estar alinhadas ao perfil da empresa. "Não adianta colocar valores de dinamismo e de criatividade para setores tradicionais, como o automotivo."


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