São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2004

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Estagiários internos entram na briga pelos treinamentos

DA REDAÇÃO

Aproveitar o talento interno e dar-lhe o status de trainee. Essa tem sido a filosofia adotada por multinacionais de renome de todas as áreas, como Eli Lilly, Johnson & Johnson, Microsiga, Rhodia, Siemens e TIM.
Se, por um lado, a tendência é uma ótima notícia para o estudante/estagiário, por outro, é uma péssima nova para o recém-formado, que tem de apressar o passo e garantir a vaga o mais rápido possível, antes mesmo de tirar os pés da faculdade.
Consultores afirmam que essa é uma estratégia compreensível por parte das empresas, uma vez que ajuda a reter os talentos nos quais ela já vem investindo. "A "plantinha" é adubada desde o seu germinar. Com relação ao mercado externo, é impossível contentar a todos", diz Suely Cândido, sócia da consultoria Definite.
Na TIM, o estágio dura de um a dois anos, e, ao término do programa, o estudante vira um trainee. "O processo seletivo do estagiário já busca o estudante com as competências desejadas pela empresa, com o potencial de capacidade instalado. Então aproveitamos esse profissional depois, para gerar os resultados", diz Andrea Krug, gerente de desenvolvimento de RH para a América Latina.
Algumas empresas que tinham programas tradicionais de trainee também aderiram ao aproveitamento interno. "Tínhamos um processo externo, mas há três anos os estagiários viram trainees. Eles já estão alinhados com a cultura da empresa, além disso, investimos neles", conta Edmar Pedrosa, 39, gerente de planejamento e desenvolvimento da Rhodia.

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