São Paulo, domingo, 26 de outubro de 2008

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PROPOSTA DE MUDANÇA

Convite para mudar requer visibilidade com discrição

Negociação inclui contato com "headhunter" e entrevistas presenciais

Marcelo Justo/Folha Imagem
SEM PREÇO
O engenheiro José Otávio Medina Ketzer, 39, considerava sua chance de crescimento no limite quando lhe propuseram trocar uma multinacional por uma firma brasileira em expansão; "Ver a empresa crescer pelo seu trabalho, isso não se paga", afirma


MAÍRA TERMERO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Receber convite para mudar de empresa é uma boa notícia para o profissional, que se sente valorizado no mercado.
Mas, para receber boas propostas, é importante aumentar a visibilidade e saber conduzir a negociação com recrutadores.
Há vários caminhos para que um "headhunter" descubra um bom profissional, mas poucos são revelados. "Podemos telefonar perguntando por uma posição na empresa e assim descobrir o nome [de quem a ocupa]", exemplifica Irene Azevedo, consultora da DBM.
A solução, então, é o profissional apostar na visibilidade em razão de trabalhos bem- feitos e no "networking". "Quem é reconhecido dentro e fora da empresa aparece espontaneamente", aponta Fernanda Campos, sócia-diretora da consultoria Mariaca.

Conversa inicial
No primeiro contato entre "headhunter" e profissional, raramente se diz o nome da empresa contratante, mas informam-se o segmento de mercado e o nível do cargo.
"Entendo qual é o momento do profissional na empresa e pergunto sobre remuneração e benefícios", diz Lucas Furtado, consultor sênior da divisão de vendas e marketing da Hays Recrutamento e Seleção.
Caso o contato evolua para uma conversa cara a cara, a entrevista foca nas competências do profissional. Se o "headhunter" avalia que o candidato tem o perfil procurado pelo cliente, começam as entrevistas com executivos da contratante.
Nessa etapa, são fundamentais o gerenciamento dos horários das entrevistas e a discrição. "O executivo não deve comentar com os colegas que está participando de um processo seletivo", ressalta Campos.
O diretor de recursos humanos da PepsiCo, Rodrigo Saez, 33, fez entrevistas por videoconferência enquanto não saía da empresa em que trabalhava e aproveitou viagens a São Paulo -ele morava em Curitiba- para fazer encontros. "A empresa se mobilizou para que as entrevistas acontecessem."
O conhecimento da firma foi essencial na decisão. "[A PepsiCo] tem um modelo de distribuição que era o almejado pela outra companhia."


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