São Paulo, domingo, 26 de outubro de 2008

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concursos

Expectativa frustrada causa evasão de servidor

TAÍS LAPORTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Embora as carreiras públicas sejam sinônimo de estabilidade, nem todo concursado está satisfeito com seu emprego. Muitos abandonam o posto em busca de outras oportunidades.
Remuneração aquém das expectativas e atividades diferentes das que se esperavam são alguns motivos que levam os profissionais a deixar as vagas.
Na Defensoria Pública de São Paulo, por exemplo, 15% dos 400 aprovados nos concursos de 2007 deixaram o órgão.
Roberto Corcioli Filho, 25, ficou apenas cinco meses no cargo. Ao ser aprovado em outro concurso, mudou-se para Brasília, onde o salário é três vezes maior. "A remuneração e a proximidade com os tribunais superiores contribuíram para essa decisão", conta.
"Parte dos aprovados usa a carreira como trampolim até passar em outro concurso ou conseguir emprego no setor privado", aponta Juliana Belloque, presidente da Apadep (Associação Paulista dos Defensores Públicos).
Na rede pública de ensino, um fator que afasta docentes é o estresse na sala de aula. A professora de história Jucinéia dos Santos, 47, desistiu de lecionar na escola em que era concursada por causa dos desgastes físico e emocional.
Ela conta que não via resultado no seu trabalho. "Os alunos eram quase analfabetos, e as classes, superlotadas."

Dicas
Ter conhecimento prévio da remuneração e das atividades da vaga pode evitar que o concursado deixe o cargo.
Para o coordenador do Siga Concursos, Carlos Alberto De Lucca, antes de se candidatar, o interessado deve visitar o órgão pretendido e conversar com servidores da instituição. "Recomendo a leitura de todo o edital", ressalta.
De Lucca também alerta que o local das vagas pode variar conforme a colocação no concurso. "Os horários de trabalho, da mesma forma, podem ser noturnos ou incluir plantões."


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