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concursos
Expectativa frustrada causa evasão de servidor
TAÍS LAPORTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Embora as carreiras públicas
sejam sinônimo de estabilidade, nem todo concursado está
satisfeito com seu emprego.
Muitos abandonam o posto em
busca de outras oportunidades.
Remuneração aquém das expectativas e atividades diferentes das que se esperavam são alguns motivos que levam os profissionais a deixar as vagas.
Na Defensoria Pública de São
Paulo, por exemplo, 15% dos
400 aprovados nos concursos
de 2007 deixaram o órgão.
Roberto Corcioli Filho, 25,
ficou apenas cinco meses no
cargo. Ao ser aprovado em
outro concurso, mudou-se para
Brasília, onde o salário é três
vezes maior. "A remuneração e
a proximidade com os tribunais
superiores contribuíram para
essa decisão", conta.
"Parte dos aprovados usa a
carreira como trampolim até
passar em outro concurso ou
conseguir emprego no setor
privado", aponta Juliana Belloque, presidente da Apadep
(Associação Paulista dos
Defensores Públicos).
Na rede pública de ensino,
um fator que afasta docentes é
o estresse na sala de aula. A professora de história Jucinéia dos
Santos, 47, desistiu de lecionar
na escola em que era concursada por causa dos desgastes físico e emocional.
Ela conta que não via resultado no seu trabalho. "Os alunos
eram quase analfabetos, e as
classes, superlotadas."
Dicas
Ter conhecimento prévio da
remuneração e das atividades
da vaga pode evitar que o concursado deixe o cargo.
Para o coordenador do Siga
Concursos, Carlos Alberto De
Lucca, antes de se candidatar, o
interessado deve visitar o órgão
pretendido e conversar com
servidores da instituição.
"Recomendo a leitura de todo o
edital", ressalta.
De Lucca também alerta que
o local das vagas pode variar
conforme a colocação no concurso. "Os horários de trabalho,
da mesma forma, podem ser
noturnos ou incluir plantões."
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