São Paulo, domingo, 26 de novembro de 2006

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Segurança deve ser idéia fixa no grupo

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As empresas contam, em geral, com técnicos, engenheiros de segurança ou médicos do trabalho, responsáveis pela prevenção de acidentes em seu ambiente e pela elaboração de relatórios.
Mas o trabalho dos profissionais de segurança também está sujeito a influências. "Os técnicos mais novos na profissão ficam muito cautelosos em imputar à empresa a condição insegura de trabalho", explica o diretor do Sindicato dos Técnicos de Segurança no Estado de São Paulo, Laerte dos Santos. "O trabalhador acidentado deve desconfiar."
"Quem diz que o papel do técnico de segurança é prevenir acidentes parte de uma premissa errada", discorda o presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Cláudio Vaz.
Ele diz que há múltiplos fatores associados a um acidente e afirma desconhecer a prática que procura culpar trabalhadores.
O pedreiro José Milton Neves da Silva, 38, foi prejudicado pela negligência do empregador quando trabalhava em uma obra em Sapopemba (zona leste da capital), em 2003.
"O encarregado me mandou subir em um tambor para que eu alcançasse um buraco na parede. A tábua não agüentou o peso, e eu caí de joelhos no chão." Foi o sindicato dos trabalhadores da construção civil quem forneceu a CAT.
"Anualmente, mudam os cipeiros [técnicos de segurança]. Se não for um conceito arraigado nas companhia, às vezes, em um ano é de um jeito; no ano seguinte, já volta a ser de outro", diz o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, Gilberto Almazan. (CRA)


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