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Segurança deve ser idéia fixa no grupo
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As empresas contam,
em geral, com técnicos,
engenheiros de segurança
ou médicos do trabalho,
responsáveis pela prevenção de acidentes em seu
ambiente e pela elaboração de relatórios.
Mas o trabalho dos profissionais de segurança
também está sujeito a influências. "Os técnicos
mais novos na profissão ficam muito cautelosos em
imputar à empresa a condição insegura de trabalho", explica o diretor do
Sindicato dos Técnicos de
Segurança no Estado de
São Paulo, Laerte dos Santos. "O trabalhador acidentado deve desconfiar."
"Quem diz que o papel
do técnico de segurança é
prevenir acidentes parte
de uma premissa errada",
discorda o presidente do
Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São
Paulo), Cláudio Vaz.
Ele diz que há múltiplos
fatores associados a um
acidente e afirma desconhecer a prática que procura culpar trabalhadores.
O pedreiro José Milton
Neves da Silva, 38, foi prejudicado pela negligência
do empregador quando
trabalhava em uma obra
em Sapopemba (zona leste
da capital), em 2003.
"O encarregado me
mandou subir em um tambor para que eu alcançasse
um buraco na parede. A tábua não agüentou o peso, e
eu caí de joelhos no chão."
Foi o sindicato dos trabalhadores da construção civil quem forneceu a CAT.
"Anualmente, mudam
os cipeiros [técnicos de segurança]. Se não for um
conceito arraigado nas
companhia, às vezes, em
um ano é de um jeito; no
ano seguinte, já volta a ser
de outro", diz o diretor do
Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região,
Gilberto Almazan.
(CRA)
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