S?o Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 2011

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SUA CARREIRA - NANOTECNOLOGIA

Especialista é cobiçado no mercado

Crescimento do uso de tecnologia abre espaço em áreas como a têxtil

CAROLINE PELLEGRINO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Tecidos resistentes a raios ultravioleta, nanorrobôs que substituem quimioterapia em pacientes com câncer e hidratantes com nanoemulsões que têm absorção rápida pela pele. A gama de produtos com nanotecnologia (partículas 50 mil vezes mais finas do que um fio de cabelo) desponta no mercado.
E, com ela, cresce a demanda por profissionais especializados, segundo consultores entrevistados pela Folha. São trabalhadores com formação em cursos relacionados a química, física, engenharia e biomedicina, que têm sido recrutados por empresas de setores como os de eletrodomésticos, cosméticos, energia e têxtil.
O diretor da Secretaria de Inovação do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), João Lanari, dá o tom da importância desse movimento e do profissional da área: "As indústrias que não tiverem especialistas em nanotecnologia correrão risco de sair do mercado".
Muitas oportunidades estão concentradas em grandes empresas, como as petrolíferas. "Na extração de petróleo, por exemplo, a nanotecnologia possibilita maior aproveitamento e agiliza procedimentos", diz o coordenador do laboratório de química e nanotecnologia da USP (Universidade de São Paulo), Henrique Eisi Toma.
Mas há espaço também em pequenas empresas, como a Allegê Laboratórios, de nanocosméticos. "O profissional precisa ser proativo, gostar de pesquisa científica e estar bem informado", considera o engenheiro químico especialista em nanotecnologia Israel Motta, 45, sócio da empresa.
Apesar de promissora, a nanotecnologia é ainda utilizada por poucas empresas no país. "A produção é iniciante, devido ao alto custo dos equipamentos, mas vários nichos industriais utilizam a tecnologia, como alguns das áreas farmacêutica e têxtil", afirma o professor da Poli-USP (Escola Politécnica) Guilherme Lenz e Silva.


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