São Paulo, domingo, 27 de dezembro de 1998

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Desempenho define reforço no salário

da Reportagem Local

A saída para compensar a escassez de aumentos salariais passa, hoje, mais do que nunca, pelo desempenho no trabalho.
Pesquisa realizada entre agosto e outubro pela consultoria Hewitt Associates sobre práticas de remuneração, com 140 empresas (representando um universo de 365 mil funcionários), mostrou que 54% das companhias deram, durante o ano, aumento por mérito aos funcionários que se destacaram.
Além disso, 68% delas oferecem participação nos lucros, e 69% usam outras formas de remuneração (confira quadro ao lado).
Essas formas alternativas de remuneração acabam compensando, em muitos casos, a inexistência de reposição salarial. A estimativa para 99 segue na mesma linha: a inflação dever ser de 3,3%, e a reposição salarial, 3,11%.
"A princípio, esses números revelam que os profissionais estão ganhando menos, já que o salário nem mesmo acompanhou a inflação. Mas o variável, incorporado ao salário-base, pode fazer com que o ganho acabe se igualando ou ultrapassando esse valor", afirma Aldo Nascimento Cruz, 45, coordenador da pesquisa.

Responsabilidade agregada
O engenheiro elétrico José Miguel Júnior, 29, que trabalha com tecnologia da informação, é um exemplo. Ele trabalha como autônomo e recebe um salário fixo e uma participação nos lucros das unidades da empresa em que presta consultoria.
"As empresas passaram a motivar seus empregados com bonificações em forma de benefícios educacionais, seguros, viagens. São formas que não resultam em obrigatoriedade salarial", afirma.
Na opinião dele, à medida que o profissional agrega responsabilidades, ele tem sua bonificação vinculada às atividades que exerce.



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