São Paulo, domingo, 27 de dezembro de 1998

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Reivindicação exige cautela

da Reportagem Local

Hoje não se pode fazer nenhum movimento que ponha em risco o emprego. Essa é a recomendação de Luiz Antônio de Medeiros, 50, presidente da Força Sindical.
"O profissional não deve se expor e deve protestar por meio das entidades. E, mesmo por vias indiretas, vai ser muito difícil conseguir aumento salarial."
O gerente comercial A. D. planeja enfrentar o risco. Como está há dois anos na mesma empresa e o seu salário nunca foi reajustado, ele diz que vai pedir, no começo do ano, um aumento.
Seu salário resulta da soma entre a parte fixa e uma comissão de 8% sobre as vendas, o que faz com que seu ganho seja inconstante. "Vou argumentar que meu desempenho tem sido bom e que a média salarial paga pelo mercado é melhor."
A remuneração variável também não agrada a Geraldo Gonçalves dos Santos, 41, supervisor de uma empresa de multimídia. "Para ganhar mais, os funcionários precisam alcançar as metas a qualquer custo e acabam perdendo em qualidade de vida", afirma. Mesmo assim, ele não tem esperanças de conseguir um aumento em 99.



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