São Paulo, domingo, 28 de fevereiro de 1999

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600 HORAS DE INGLÊS
Empresas oferecem subsídio até certo estágio

da Reportagem Local

A exigência das empresas para que seus funcionários saibam o idioma é grande, mas, para cobrar resultados, oferecem incentivos para que desenvolvam, até certo ponto, esse conhecimento.
No ano passado, o BankBoston investiu US$ 350 mil em programas de idiomas (que incluem cursos de inglês). A estimativa para este ano é de que o investimento chegue a US$ 400 mil.
Segundo Denise Moreira Asnis, 34, diretora-adjunta de desenvolvimento de recursos humanos da empresa, hoje são cerca de 520 funcionários, de um total de 4.000, os envolvidos nos programas. "Mas muitos já não entram nessa contagem porque já são fluentes no idioma ou porque já atingiram o grau desejado."
A empresa faz uma classificação de qual o estágio que cada funcionário deve atingir (em função do que o cargo atual exige ou do que prevê seu plano de carreira) e oferece um subsídio de 50% para os estudos do profissional até esse estágio.
Depois disso, é feito um plano de auto-desenvolvimento para os profissionais, em que a empresa indica e disponibiliza material didático necessário.
Existe também a possibilidade de o profissional fazer um curso de inglês fora do Brasil, mas são casos mais raros. Se for uma necessidade da função, o banco dispensa o funcionário pelo tempo necessário e paga 50% do curso. Caso contrário, é feita uma negociação envolvendo tempo necessário, férias e despesas.
No Citibank, o investimento também depende do perfil do funcionário, do plano de carreira e da necessidade do inglês na função que o profissional desempenha.
Segundo Rose Pinto, 45, consultora de treinamento do Citibank, dependendo da função, já é um pré-requisito conhecer bem o idioma. "Mas até mesmo nesses casos pode ser interessante que esse conhecimento seja aperfeiçoado."
O subsídio oferecido é de 80% do valor do curso. O investimento, no entanto, está vinculado ao aproveitamento do aluno no curso. Caso o profissional falte muito às aulas ou o seu desempenho seja insatisfatório, o subsídio pode ser reduzido ou até mesmo cortado.
E, assim como no Citibank, à medida que o funcionário chega ao estágio desejado (exigido pela função), o subsídio é cancelado. "Se continuamos financiando o curso até o final, deixa de ser um investimento", afirma Rose.



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