São Paulo, domingo, 28 de fevereiro de 1999

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Dominar o inglês é melhor

da Reportagem Local

Apostar no aprendizado de idiomas diferentes, como russo, norueguês ou chinês, certamente não é o melhor caminho para disputar uma vaga no mercado de trabalho, mas pode ajudar.
Depois do inglês e do espanhol (segunda língua mais solicitada pelas empresas, segundo pesquisa do Grupo Catho), a escolha pelo terceiro idioma deve estar baseada na atuação profissional ou no segmento da empresa.
Heloisa Collins, 49, professora do curso de pós-graduação na área de linguística aplicada da PUC (Pontifícia Universidade Católica), afirma que o inglês é imprescindível, e o espanhol começa a ganhar espaço.
"O terceiro idioma tem de estar relacionado com alguma área de interesse, como os mercados onde a empresa atua ou os objetivos de carreira do profissional."
Segundo ela, não adianta a pessoa ter o domínio de um idioma como o japonês, se a empresa atua no mercado italiano.
Eliana Jorge Castrucci, gerente técnica da DM Recursos Humanos, concorda que todo idioma aprendido pelo profissional deve ser utilizado para atribuir pontos ou diferenciais na carreira.
"O importante, quando o profissional está disposto a aprender um novo idioma, é perceber como esse investimento vai trazer benefícios para a sua carreira."
Só que sem o domínio do inglês tudo muda de figura. Na opinião dos consultores, quem não sabe o inglês deve correr para recuperar o atraso e aprender a falar o idioma com fluência.
Uma pesquisa do Grupo Catho, realizada com 530 executivos na cidade de São Paulo, mostra que apenas 14,14% dos entrevistados falam o inglês corretamente, 29,09% falam com fluência, mas cometem erros, 29,10% falam com dificuldade, e 14,55% possuem inglês só para leitura.
"Esses números são um bom exemplo de que o profissional, antes de se dedicar a um idioma diferente, deve se empenhar em aperfeiçoar o inglês, para torná-lo uma ferramenta de trabalho."
Ele afirma que uma das reclamações mais frequentes das empresas com que trabalha é a falta de domínio do idioma, e que isso, muitas vezes, faz o candidato perder a vaga.
Case diz que, na maioria das vezes, o profissional aprende a falar apenas o suficiente e na hora em que precisa do idioma sente as dificuldades.
"Durante uma entrevista, o candidato não pode responder que fala o idioma "mais ou menos'. Ou fala ou não fala."



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