São Paulo, domingo, 28 de julho de 2002

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EXECUTIVOS SOB PRESSÃO

Adversidade pode ser a chance para crescer

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Mesmo com as turbulências econômicas e os indicativos de alta rotatividade no emprego, alguns consultores enxergam com certo otimismo a situação dos dirigentes das companhias no país.
"Esse ambiente de incerteza e de instabilidade é inerente à nossa história. Os nossos executivos estão acostumados a essas adversidades e são até "exportados'", afirma Denis Monteiro, da Fesa.
Para Mozart Amaecing Langbeck, gerente sênior em gestão de capital humano da Deloitte Touche Tohmatsu, em um cenário "tumultuado" é que surgem as chances de mostrar talentos.
A própria Deloitte incorporou, no Brasil, a empresa de auditoria Arthur Andersen (envolvida com o escândalo da Enron nos EUA). Entretanto, Langbeck afirma que a aquisição foi encarada pela maioria como chance de crescer.
No Brasil, a Andersen divulgou, em abril, que as demissões aconteceriam entre o pessoal de suporte. Nos EUA, foi anunciado corte de 7.000 postos de trabalho.
Além das fusões e da cobrança por boas performances, a busca dos executivos por desafios em outras empresas pode justificar a alta rotatividade da carreira.
"Nem sempre os profissionais encontram espaço para tocar projetos e desenvolver suas qualidades", afirma Karin Parodi, sócia-diretora da Career Center.
O que é mais complicado para os dirigentes das empresas nesses tempos de crise é exercer a função de líder, explica Irene Azevedo, da KPMG. "De cada duas pessoas que saem do emprego, uma o faz por problema com seu gerente imediato". Isso porque, diz ela, as companhias estão deixando de lado a formação de lideranças.


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