São Paulo, domingo, 28 de julho de 2002

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Benefício dado por empresas já não é imediato

FREE- LANCE PARA A FOLHA

Para diminuir a rotatividade dos funcionários de alto escalão e evitar que eles migrem para concorrentes, algumas empresas adotam como estratégia a oferta de benefícios de longo prazo.
De acordo com pesquisa da Hay Group, consultoria norte-americana de gestão em recursos humanos, 40% das empresas brasileiras possuem opções desse tipo de plano de incentivo. O profissional se compromete a permanecer na companhia por um período longo e, em troca, recebe benefícios.
Programas assim existem em empresas como a Natura (cosméticos) e a General Electric (eletrônicos). "Geralmente são oferecidos para diretores e presidentes", diz Vicente Gomes, gerente do departamento de pesquisas da Hay Group.
Para ele, essa parcela de empregadores tende a crescer, já que há três anos a porcentagem de empresas com esses planos era de 25%.
Além de seduzirem executivos com atrativos mais a longo prazo, vários empregadores se questionam sobre o grau de cobrança.
"Nos EUA, muitas companhias chegaram à conclusão de que excesso de pressão corrompe o comportamento dos executivos", afirma.
Na opinião de Irene Azevedo, gerente sênior em gestão em RH da consultoria KPMG, as avaliações de resultados a cada três meses, por exemplo, são exagero.
"Acredito que em momentos de crise é que os executivos e as corporações param para refletir sobre esse sistema de cobrança, que acaba sendo, na verdade, um suicídio a longo prazo", diz.


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