|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SONHO FORMADO
Administradores dirigem rumos em áreas variadas
Da executiva ao DJ, profissionais gerenciam sonhos e balizam formação
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Do sonho de escalar a estrutura corporativa e tornar-se
presidente de empresa nasceram diversas trajetórias.
Na turma que ingressou há
dez anos no curso de administração da FEA-USP (Faculdade
de Economia, Administração e
Contabilidade da Universidade
de São Paulo) há não só executivos como também acadêmicos, ongueiros e até um DJ.
Se alguns fugiram da área de
formação, houve também
quem entrasse sem rumo planejado e hoje tenha carreira ascendente. "Como muitos, prestei administração por ser um
curso genérico, já que não sabia
direito o que queria ser", conta
Denise de Abreu Sofiatti, 28.
Entre seus sonhos profissionais estavam atividades variadas: "Quis ser atriz, jornalista,
publicitária e especialista em
terceiro setor ou em esportes,
além de ativista ambiental".
Durante a graduação, no entanto, ganhou gosto pela área
de marketing. Em 2005, entrou
no concorrido programa de
trainees da Natura, onde, há algumas semanas, em meio a cortes, foi promovida a gerente.
"Headhunter"
Amigo de Sofiatti à época da
faculdade, Valdir Moreira do
Nascimento, 28, gerente de
marketing da Mars, entrou na
faculdade já como celetista.
Técnico em processamento
de dados, era analista de sistemas da Telefônica. "Larguei o
cargo para estagiar na Unilever,
ainda em tecnologia", recorda.
No meio do curso, decidiu
migrar para o marketing e
transferiu-se como estagiário
para a Elma Chips. Três anos
depois, já assistente, foi procurado por um "headhunter" para
a vaga de gerente de produtos.
"Agora estou fazendo MBA
na FGV [Fundação Getulio
Vargas] com o objetivo de galgar postos mais altos", planeja.
Já Pedro Bojikian, 28, divide-se entre a corporação e o terceiro setor. Gerente de marketing
da Microsoft, o profissional é
também presidente da ONG
Gesto, fundada por um grupo
de alunos da FEA-USP para
dar suporte de gestão a pequenos empresários.
"Era a melhor forma de devolver à sociedade o que ganhamos em conhecimento numa
universidade pública", reflete.
Para equilibrar as funções,
Bojikian conta com a flexibilidade da firma. "Estou numa
empresa de cultura moderna."
Trilha sonora
Matriculado em administração por pressão familiar, Paulo
Warde, 27, encontrou sua vocação entre "pick-ups" e CDs
-atuar como DJ era um sonho
de menino. Largou o curso
-era da mesma turma de Nascimento e Bojikian-, e arranjou estágio em uma rádio.
Agora conhecido como Paulo
Pringles (uma referência às batatas que levava para os locutores), Warde coordena a programação musical na Jovem Pan.
A carreira de DJ também
deslanchou. "Viajo toda semana para me apresentar", conta.
63%
dos formados pela FEA-USP até 2000
ocupavam em 2007 cargos de gestão
ou alta hierarquia; esse índice cai
para 28% entre graduados após
2000 (49% estavam em nível
operacional, incluindo o cargo de
analista), informa pesquisa da
faculdade com ex-alunos
Texto Anterior: Para colegas, tecnologia é o foco principal Próximo Texto: Análise: Heterogênea, geração segue rumos díspares Índice
|