FREE-LANCE PARA A FOLHA

Ir para o trabalho dirigindo uma bicicleta realmente deixa o funcionário mais acordado. Durante a atividade física, o corpo libera catecolminas, substâncias que "despertam" a pessoa. Além disso, o estresse também diminui, pois são liberadas betaendorfinas, que possuem efeito relaxante, segundo o médico Marcelo Leitão, 38, da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.
O médico confirma que pessoas submetidas a um ar poluído ficam mais sujeitas a problemas respiratórios e podem ter o rendimento físico diminuído, mas não acha que a poluição seja justificativa para o sedentarismo.
Os perigos de São Paulo no trânsito não se resumem ao ar. A baterista e baixista Cínthia Davanzo, 24, que o diga. Ela se acidentou em 2002 ao subir a rua Augusta de bicicleta. A explicação? Sua blusa enroscou na roda e ela, que estava sem capacete, foi atirada contra a calçada. "Achei que fosse ficar deformada. Não saio mais de casa sem o capacete."
A repórter e fundadora do grupo Night Bikers, Renata Falzoni, 50, classifica São Paulo como "selvagem". "Nunca vi ninguém ser autuado por desrespeito ao pedestre ou ao ciclista."
Em 2003, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), foram registradas 61 mortes de ciclistas na capital paulista.
Outros profissionais que optaram pelo uso das bicicletas são os seguranças residenciais e os policiais, como os que trabalham no campus da USP, na Cidade Universitária, desde 2003. (DM)


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