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NÍVEL MÉDIO - Técnico
Consumidor puxa salário para cima
Embalados pelo mercado exigente, técnicos de controle de qualidade obtêm maior reajuste
ÓSCAR CURROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Qualidade. Essa é a senha de
acesso aos mercados internacionais e ao cada vez mais exigente consumidor brasileiro.
Não à toa, o maior reajuste médio entre 2001 e 2005 no nível
técnico destinou-se a quem trabalha com controle de qualidade, categoria cuja reposição foi
de 58,26% -16,39 pontos percentuais de crescimento real.
"A reposição acompanha, em
igual proporção, o grau de importância que as empresas têm
depositado em suas áreas de
controle e gestão da qualidade
interna e de produtos", atesta o
gerente de pesquisa salarial da
Catho Online, Mário Fagundes.
"O objetivo é atender o consumidor mais bem informado."
Márcio Pochmann, professor
do Instituto de Economia da
Unicamp, também destaca a
ênfase dada pelas corporações
ao controle de qualidade.
"A empresa atual especializa-se em atividades-fim, não em
atividades-meio. Para harmonizar os processos produtivos
entre as diferentes firmas implicadas, a qualidade é central."
A hipótese se comprova com
dados do MCT (Ministério da
Ciência e Tecnologia) a respeito da emissão de novos certificados de qualidade ISO 9001.
De 5 expedidos em 2001, o Brasil passou a ter 1.122 em 2003,
2.834 em 2004 e 1.971 em 2005.
O perfil de quem obtém sucesso nessa área, dizem especialistas, não fica apenas nas
habilidades técnicas. Destaca-se quem tem domínio de idiomas e de informática, além de
habilidades para trabalhar em
equipe e comunicar-se.
Remuneração segura
No segundo lugar do ranking
Datafolha ficaram os técnicos
de segurança do trabalho, que
tiveram uma variação de
54,16% no período. Com índice
de reajuste próximo, na terceira posição encontram-se os
técnicos de edificações, cuja reposição obtida foi de 53,68%.
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