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Festas não animam mais as empresas
DA REDAÇÃO
Se você é daqueles que sente calafrios só de pensar que está chegando o final do ano -e com ele,
as festas da empresa-, anime-se:
é provável que, em breve, o evento
possa ser "extinto" de sua agenda.
Essa é a opinião de muitos consultores organizacionais, que
vêem nas festas de final de ano nada além do que uma bela oportunidade para se gastar muito.
"São um modismo cujo resultado vem sendo repensado pelas
empresas: não trazem resultados
e exigem altos investimentos",
aponta a consultora de recursos
humanos Ana Paula Nogueira.
João Canada, do Grupo Foco,
explica que os grandes eventos de
fim de ano são afetados pela dissonância entre empresa e empregado: "Enquanto "dão o show", o
funcionário pensa: "por que não
dão esse dinheiro para nós?'".
Já a consultora da Nicholson International Beatriz García, 33, ressalta que essas iniciativas só têm
sucesso com um bom clima organizacional e alto nível de satisfação dos funcionários. "Neste ano
de crise, uma grande festa pode
motivar mais insatisfação ainda."
O administrador V.N., 23, passou por situação parecida há dois
anos. "A empresa forjava uma integração na festa que não existia.
Até ganhei um prêmio, mas saí da
empresa uma semana depois."
Fim de festa
Para os "festeiros de plantão",
no entanto, nem tudo está acabado. Os típicos eventos de final de
ano tendem a ser remodelados.
"A tendência é liberar verbas
por departamentos", diz Gisele de
Lucca, diretora da TXT (eventos).
A diretora de recursos humanos
do Pão de Açúcar, Maria Aparecida Fonseca, também aposta no
enxugamento das confraternizações. "Já adotamos o "cada área
faz o que quer", pois é como um
Réveillon na casa da sogra: pode
ser um prazer ou uma obrigação."
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