COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os boatos sobre cortes de pessoal circulavam pela empresa. Os mais inflamados diziam até que a falência era questão de tempo. Os rumores persistiram por duas semanas, até que a financeira demitiu 200 pessoas. "Achei que nada aconteceria comigo", diz Jardel Miranda, 20.
Havia quase quatro anos na companhia, o reparador de crédito conta que tinha um dos melhores índices de produtividade da equipe.
Por isso, quando os superiores pediram que ele permanecesse após o expediente, não desconfiou. Foi notificado de que estava na lista de demitidos. "Não houve critério para o corte", critica.
Diz não ter planos de encontrar um emprego agora. "Quero só estudar", afirma ele, que está no primeiro semestre do curso técnico de design de interiores, com duração de um ano e meio.
Sobre a demissão, resume: "Foi meu primeiro emprego e minha primeira decepção".


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