DA REPORTAGEM LOCAL

A paixão por um tema e a possibilidade de estudá-lo profundamente são algumas das motivações que levam o profissional à área acadêmica.
Para Gilberto Jannuzzi, 52, professor da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), no entanto, foi a pouca valorização do trabalho intelectual o motivo que o fez abandonar a iniciativa privada.
"Fiquei cinco anos numa empresa. Eu já tinha doutorado, mas lá isso não valia nada. Na academia o sucesso está ligado à competência intelectual."
Jannuzzi afirma, contudo, que a área acadêmica também tem seus poréns. "O retorno financeiro é desvantajoso se comparado ao mundo corporativo. Uma opção para completar o orçamento é a consultoria, mas não é esse o objetivo principal da área acadêmica."
Para Antonio Valverde, professor do Departamento de Filosofia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) e do Departamento de Fundamentos Sociais e Jurídicos da Administração da Eaesp-FGV (Fundação Getulio Vargas), o maior ganho com o caminho da pesquisa e das salas de aula é o conhecimento pessoal adquirido.
E a "multiplicidade de relações humanas", na avaliação do professor de história do curso Anglo, Gianpaolo Dorigo, 43.
Apesar de ter concluído mestrado -etapa fundamental da vida acadêmica-, Dorigo preferiu o ensino escolar à pesquisa. "A área acadêmica está ligada à produção de conhecimento, e a escolar, à divulgação dele. Apaixonei-me pela última."


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