São Paulo, domingo, 31 de janeiro de 1999

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PSEUDÔNIMO
Cursos que adotam a sigla nem sempre seguem o conceito original, criado nos EUA para administração
Escolas inventam 'MBA à brasileira'

da Reportagem Local

Se o formato dos MBAs norte-americanos já foi aceito pelo mercado, os brasileiros ainda tentam se firmar como boa opção. Além de não seguir a linha tradicional dos EUA, boa parte dos cursos adota o nome MBA somente por já ser uma marca conhecida, mas não são, necessariamente, cursos de administração nem têm a mesma carga horária e o mesmo objetivo.
Para evitar escolher o curso errado, é interessante checar a grade curricular das escolas.
"Está havendo uma vulgarização do nome. Mas a tendência é o desaparecimento dos "pseudo-MBAs', pois as empresas que recrutam sabem distinguir uns dos outros", afirma Heitor Peixoto, diretor-executivo da BSP (Business School São Paulo).
A concorrência no Brasil é bem menor que nos EUA, mas, mesmo assim, o processo de seleção inclui provas de conhecimento, redação e análise de currículo.
No caso da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas de São Paulo), por exemplo, é preciso fazer uma prova de conhecimentos específicos e de proficiência em inglês.

Meio a meio
Marcelo Blay, 32, gerente técnico da Porto Seguro Seguros, teve as duas experiências: fez parte do MBA no Brasil e parte nos EUA.
Como não poderia se afastar do emprego por dois anos, resolveu cursar o MBA da FGV-SP.
No final do primeiro ano, abriram a possibilidade de fazer o último semestre em uma universidade estrangeira. Ele se inscreveu e conseguiu, por suas notas, ser mandado para Columbia, em Nova York, sua primeira opção.
"Negociei com a minha empresa e abri mão das férias nos quatro anos seguintes. Os professores eram muito bons, tanto aqui quanto em Columbia", afirma.



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