BELL KRANZ - EDITORA DO EQUILÍBRIO

"Você é o que você come" às vezes parece uma frase muito sábia. Por exemplo: o sujeito bravinho, enfezado não é necessariamente uma figura firme, de fibra. Pois no campo nutricional dá para dizer que o que pode estar faltando a ele, ou ao cardápio dele, é exatamente fibra!
A origem da palavra enfezado aparece no dicionário etimológico como desconhecida, mas quem tem intestino preso a conhece muito bem. Quando o órgão não funciona do jeito que deve, o sujeito fica muito irritado. E é aí que deve entrar a ação das fibras, que tanto dão alívio e tranquilizam o enfezado.
Para quem acha que há coisas mais importantes no quesito saúde do que o funcionamento do intestino, saiba que 60% da nossa imunidade é de responsabilidade desse órgão, uma poderosa barreira de defesa contra infecções, diz Franco Lajolo, do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da USP.
As fibras, compostas de vários tipos, ajudam ainda no controle do colesterol e da quantidade de açúcar no sangue. O assunto, como se vê, é tão sério que já houve até congresso nos EUA para definir as fibras, que, segundo Lajolo, são os resíduos dos alimentos vegetais não digeridos pelo organismo.
A quituteira Neka Menna Barreto, cuja cozinha de comum não tem nada, criou uma receita inspirada no movimento peristáltico. Bom para lembrar ao comilão que comida, além de dar prazer, exerce funções no organismo.
Lajolo fez uma tabela aproximada da quantidade de fibras para cada 100 g do bolo Barriga Zerada. O ingrediente campeão é o farelo de trigo, com 25% a 30% de fibras. As frutas têm cerca de 5%, a cenoura, 2%, e a farinha integral, quem diria, só de 1% a 2%.
Para quem quiser pesquisar os valores das fibras dos alimentos, o endereço www.fct.usp.br/tabela é um prato cheio.


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