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UMA SOGRA NO CAMINHO
'No início, a mãe dele dominava a sessão'
A gente brigava como todo namorado, até que tive que conviver com minha sogra. Ela
achava que eu tinha roubado o filho dela.
Ela estava sempre entre a gente, e o Bruno ficava em cima do muro. Eu sou pavio curto
também. Um dia, ela saiu com um ex-caso dele, batemos boca e eu disse que ou ele dava
um jeito ou não tinha mais condição.
Decidimos fazer terapia. No começo, minha sogra dominava a sessão. Depois, a terapeuta
começou a levar para o relacionamento: por que a gente se provocava tanto com ironias?
Entendi que tenho que respeitar a família dele e aprendemos a nos blindar contra minha
sogra, explicando que ela não podia vir aqui em casa sem avisar.
No começo, era um campo de batalha, porque a terapia cutuca coisas que não queremos
assumir. Não gosto de expor meus problemas, mas o resultado foi excelente.
CLÁUDIA, 26
'As criancices dela não mudaram tanto'
Temos dez anos de diferença. Quando a gente se conheceu, a Cláudia tinha 22 anos.
Terminamos depois de um ano e, quando voltamos, ela reconheceu que era muito ciumenta.
Eu não concordava com algumas atitudes dela e, para mim, não servia como era antes. Era
insegurança, muita intransigência. Coisas da idade.
Depois de um episódio entre a Cláudia e minha mãe, eu falei que não tinha condição de
continuar. Foi uma somatória de coisas, a gente brigava por besteira.
Pensei que a terapia poderia nos ajudar a entender quem estava certo. Depois de um tempo,
ela quis parar, porque começou a pegar pesado. É estressante.
A questão entre mim, ela e minha mãe foi resolvida. As criancices da Cláudia não mudaram
tanto, mas é um processo.
Por mim, eu continuava. Se você ama e quer ficar com a pessoa, vale a pena bater um papo.
BRUNO, 37
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