São Paulo, quinta-feira, 01 de agosto de 2002
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Hormônios na dose certa
"Gostaria que esclarecessem dúvidas sobre hipotireoidismo: por que ocorre, se é uma doença hereditária, quais os sintomas, como o médico calcula a dosagem de hormônio, se há cura e quais são as sequelas."
Glaucia Campos, via e-mail

O hipotireoidismo é uma doença auto-imune, de origem genética, com incidência maior entre as mulheres. "Em algum momento da vida, quem tem essa carga genética começa a produzir anticorpos contra a própria tireóide", explica o endocrinologista Ricardo Botticini Peres, do hospital Albert Einstein (SP). A glândula tireóide produz dois hormônios essenciais para o funcionamento do organismo: o T3 e o T4. À medida que ela é atacada pelos anticorpos, há uma redução na produção desses hormônios, o que pode provocar fraqueza, cansaço, inchaço, sonolência e aumento de peso. O tratamento é feito com a reposição do hormônio T4 em forma de comprimido (levotiroxina sódica), em quantidades calculadas inicialmente com base no peso do paciente. "Não existe cura para o hipotireoidismo, apenas controle; se a doença for diagnosticada a tempo, e a reposição, adequada, não há sequelas", afirma Peres.

Distração excessiva
"Meu marido tem 53 anos e está cada dia mais distraído, esquecendo tudo. Ele é estressado e tem uma leve tendência à depressão. Qual especialista procurar?"
Rosângela Nascimento, São Paulo, SP

Um neurologista pode investigar se essas mudanças de comportamento possuem origem orgânica. "Perda de memória e alterações da atenção são sintomas frequentes de várias doenças neurológicas, que vão desde distúrbios do sono e problemas metabólicos e hormonais até quadros demenciais", explica Roberto de Magalhães Carneiro de Oliveira, neurologista do hospital São Luiz (SP).

Esportes após transplante
"Gostaria de saber se, como receptor de transplante de córnea (realizado há oito anos), posso praticar esportes como mergulho e pára-quedismo."
Cassio Gonzalez, Campinas, SP

Depois de oito anos, a cicatrização do transplante de córnea deve estar bastante estável, por isso o pára-quedismo e o mergulho podem ser considerados seguros. "A literatura médica não registra nenhuma contra-indicação para a prática desses esportes", afirma o oftalmologista Jorge Dias, do Hospital do Olho (São José do Rio Preto). De acordo com o médico, o principal risco para pacientes que se submeteram a transplante de córnea são os chamados traumas contusos (pancadas no olho). Esse tipo de trauma pode ocorrer mais facilmente durante a prática de esportes de contato, como futebol e basquete, em ecorrência de boladas e cotoveladas, por exemplo.



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