São Paulo, quinta-feira, 02 de maio de 2002
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Barulheira tira o humor de qualquer um

O escritor João Silvério Trevisan, 57, há quatro anos convive com o barulho de "dois, três, às vezes quatro vendedores de frutas que ficam a postos nas suas caminhonetes competindo para conquistar a clientela".
O duelo sonoro acontece diariamente, das 9h às 12h. "Fico irritado, mal-humorado, não consigo me concentrar e, várias vezes, fui obrigado a parar de escrever."
O ruído urbano atua como um dos principais agravantes do quadro de estresse, explica o médico do trabalho da CET Antonio Sérgio Melo Barbosa. "Em geral, os sons de alta frequência incomodam mais. Mas os graves, de baixa frequência, também fazem mal."
São justamente os graves emitidos pela bateria do vizinho de um andar abaixo que causam um efeito "desesperador" na administradora de empresas M. L. V., 47, que pediu para não ser identificada.
"Às vezes, uso dois tapa-ouvidos: um mais caseiro, de natação, e um profissional, como os usados na construção civil. Ainda assim, fico procurando um canto onde possa ficar mais tranquila."
Mesmo quando o som não é indesejado, como com o qual o promoter Rosival Ribeiro Barbosa, 36, convive há 13 anos nas pistas de dança da cidade, o estresse pode se instalar. "Às vezes, fico muito desgastado", comenta.



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