DO EDITOR DE INFORMÁTICA

Vender quilômetros foi a forma encontrada pelo ultramaratonista Márcio Villar, do Rio, para ajudar a arrecadar fundos para o Inca (Instituto Nacional de Câncer). Às 8h do próximo dia 18, ele larga da Tijuca, na capital fluminense, com destino a Búzios, aonde deve chegar no dia seguinte, 200 km depois. Quem quiser colaborar paga R$ 3 por quilômetro e tem direito a correr ao lado do atleta a distância comprada.
O Desafio Rio de Janeiro-Búzios é um dos exemplos de ações desenvolvidas por atletas, organizadores e equipes de corrida, que acreditam que o esporte pode contribuir para minorar as distâncias sociais.
É o que diz o medalhista olímpico Vanderlei Cordeiro de Lima: "Eu sou um bom exemplo disso. Quando comecei a correr, nos intervalos do trabalho como boia-fria, eu não imaginava como a minha vida poderia mudar". Hoje, o instituto que leva seu nome (www.ivcl.org.br) dá apoio a crianças carentes da região metropolitana de Campinas e trata de formar futuros atletas.
Esse também é um dos objetivos do Instituto Fernanda Keller (www.institutofernandakeller.com.br), criado pela atleta dona do mais impressionante currículo brasileiro entre os competidores de Ironman, desgastante prova que combina 3.800 m de natação, 180 km de bicicleta e 42,195 km de corrida. "Através do esporte, estamos conseguindo promover o desenvolvimento pessoal, físico e social dessas crianças e jovens", diz Keller.
De forma semelhante, equipes de corrida de São Paulo, como a Run&Fun e a Marcos Paulo Reis, mantêm projetos de apoio a crianças, enquanto entidades como a Corpore fazem das provas eventos para arrecadação de fundos para organizações. (RL)