São Paulo, quinta-feira, 02 de agosto de 2001
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Água gerada por esgoto tratado pode ser aproveitada

São Caetano do Sul é a primeira cidade da região metropolitana de São Paulo a aderir ao projeto da água de reuso, gerada pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) por meio do tratamento de esgoto. O contrato entre a Prefeitura de São Caetano do Sul e o governo estadual foi assinado em 15 de maio.
A prefeitura de São Caetano utilizará a água de reuso para limpar as áreas públicas da cidade, tarefa que consome 1.000 metros cúbicos de água por mês. A medida, além de estar de acordo com o uso racional de água, beneficiará os cofres municipais: a prefeitura pagará R$ 0,30 por metro cúbico de água -35 centavos a menos do que custa a mesma quantidade de água potável.
Segundo o governo estadual, o projeto da água de reuso pode ser adotado por qualquer município paulista. Embora pouco conhecido, ele não é novo. Há cerca de três anos, a Sabesp investiu na construção de cinco estações de tratamento de esgoto e, em quatro delas, instalou miniestações capazes de produzir água de reuso para limpeza e para processos industriais, como resfriamento de caldeiras, sistemas de ar-condicionado e manutenção de máquinas e equipamentos.
A água de reuso gerada pela Sabesp já abastece algumas empresas. É o caso da Coats Corrente, fabricante das linhas Corrente, que economiza 30 milhões de litros de água potável por mês. Toda a água utilizada em processos industriais como tingimento e tratamento químico vem do esgoto tratado pela Sabesp.
A Sabesp não é a única fonte de água de reuso. Segundo Ivan Alexandre Ferrazoli, do Instituto Ambiental Vidágua, há empresas, como a Ford e a Chevrolet, que implantaram seus próprios sistemas de tratamento e de reutilização de água.



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