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São Paulo, quinta-feira, 02 de outubro de 2003
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poucas e boas

Na TPM, até as cordas vocais ficam inchadas

LILIANA FRAZÃO
EDITORA-ASSISTENTE DO EQUILÍBRIO

A voz falha, treme, fica mais grave ou rouca -e essas variações não são simples reflexo de destempero emocional. Segundo pesquisa feita na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), há um sintoma audível entre as várias alterações que ocorrem na tensão pré-menstrual (TPM): as mudanças vocais.
A quartanista de fonoaudiologia Luciane Carrillo de Figueiredo, 23, começou a investigar o impacto das alterações hormonais nas cordas vocais femininas há dois anos. O projeto de iniciação científica, realizado com bolsa do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), concluiu que os distúrbios da voz (disfonias) são comuns nos dias que antecedem o início do fluxo menstrual e também nas 48 primeiras horas da menstruação. A causa é a diminuição dos níveis de estrógeno e progesterona.
"O inchaço que incomoda muitas mulheres na TPM também atinge as cordas vocais, e esse edema muda a frequência vibratória, tornando a voz mais grave", explica Figueiredo. Além disso, a alteração hormonal reduz a produção do muco que protege e lubrifica as cordas vocais, provocando outras mudanças na voz. "No período menstrual, as mulheres apresentam uma voz mais rouca, soprosa e instável, com muito ruído."
Segundo Maria Inês Rebelo Gonçalves, professora da Unifesp e orientadora do trabalho, é importante conscientizar as mulheres sobre esses problemas. "A maioria não percebe; nem as voluntárias que avaliamos tinham se dado conta das alterações", diz ela. O estudo foi feito com 30 estudantes de fonoaudiologia não-fumantes, sem problemas vocais ou hormonais e que não consumiam pílula anticoncepcional.
Gonçalves recomenda que as mulheres -principalmente aquelas que trabalham com a voz, como professoras e profissionais de telemarketing- tentem poupar a voz durante a TPM e o início da menstruação, pelo menos depois do expediente. Além disso, devem beber muito líquido, evitar ambientes enfumaçados e álcool e fazer exercícios de aquecimento vocal. "Um otorrino ou fonoaudiólogo pode dar a orientação necessária."

Na periferia de São Paulo, 84% das famílias são mantidas por mulheres

Inteligência para envelhecer Indivíduos com Q.I. elevado tendem a viver mais, afirmam pesquisadores da Universidade de Glasgow (Escócia) após acompanharem cerca de mil pessoas por 70 anos. A associação entre inteligência e longevidade é significativa principalmente em populações mais pobres.

Pânico aos 50 Entre mulheres, o risco de sofrer um ataque de pânico é maior dos 45 aos 54 anos de idade, sugere estudo feito na Universidade Harvard (EUA). De acordo com os autores da pesquisa, a maior incidência do distúrbio nessa faixa etária está relacionada ao estresse e a problemas de saúde em geral. A terapia de reposição hormonal não reduz o risco.

Refeições sem dúvida Comer à noite faz mal? Quem sofre de osteoporose pode tomar café? Dúvidas como essas são respondidas por especialistas do Genuti (Grupo de Estudos de Nutrição da Terceira Idade) no livro "Alimentação - Perguntas Inquietantes e Respostas Tranquilizadoras" (94 págs., R$ 20), que acaba de ser lançado pela editora Signus (tel. 0/xx/11/3814-6899).

Coração saudável A compilação de cinco pesquisas que, somadas, avaliaram mais de 55 mil voluntários indica que o consumo regular de aspirina (de 75 mg a 500 mg diariamente) reduz o risco de infarto em 32% e o de outras doenças cardiovasculares em 15%. O estudo foi divulgado na última edição da revista científica "Archives of Internal Medicine" (EUA).

Palestra sobre depressão No dia 10 de outubro, a partir das 13h, o Gruda (Grupo de Doenças Afetivas), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (SP), promoverá palestra gratuita, seguida por debate, sobre depressão entre mulheres. Os interessados devem se inscrever pelo telefone 0/xx/11/3069-6648.


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