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Ingrediente
Pistache protege o coração
RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
H
á 9.000 anos, o homem começava a
desenvolver a agricultura e a se agrupar nas primeiras cidades. Na
mesma época, em partes da
Turquia e do Oriente Médio, o
pistache já fazia parte de sua
dieta alimentar.
Desde então e durante milênios, a espécie vem sendo cultivada e aprimorada. Nativa da
Ásia Ocidental, a pequena árvore que produz castanhas altamente valorizadas foi introduzida na Europa pelos romanos,
no século 1º d.C. Atualmente, é
cultivada principalmente no
Irã, na Síria, no sul da Europa,
no norte da África e na Califórnia (Estados Unidos).
O pistache é a semente de
uma fruta seca que cresce em
cachos. Quando a fruta amadurece, a concha abre em uma das
pontas e expõe a semente. Com
15 milímetros de comprimento
médio, é a única entre as castanhas de cor verde não só na superfície mas também no interior. A cor se deve à presença de
clorofila e as variedades diferem muito neste aspecto. Algumas são mais amareladas do
que verdes e outras são marfim.
As verde-escuras são, no entanto, as mais valorizadas.
Sua cor única e o sabor delicado e peculiar tornaram o pistache um artigo de luxo, que
chega a custar três vezes mais
do que outras castanhas. É geralmente consumido tostado e
salgado, em confeitos, sorvetes
e doces orientais, árabes, turcos
e gregos, além de enobrecer
pratos à base de carne.
Semelhante à amêndoa, essa
fruta oleaginosa contém quase
metade das calorias da primeira. Dez unidades possuem 320
calorias, contra 600 calorias
das amêndoas.
De acordo com Elaine Martins Bento, nutricionista e diretora da Apan (Associação Paulista de Nutrição), o pistache é
rico em lipídios, além de conter
fibras, proteínas, cálcio, potássio, fósforo, magnésio e vitaminas A e do complexo B.
"É fonte de um antioxidante
ligado ao fator imunológico e à
regulação hormonal. Para vegetarianos, é interessante usá-lo na alimentação, por ser uma
boa fonte de proteína."
Ela lembra ainda que o consumo de oleaginosas está relacionado à redução de níveis do
LDL (o "mau colesterol") e ao
aumento do HDL (o "bom colesterol"), o que protege o coração de doenças.
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