São Paulo, quinta-feira, 03 de agosto de 2000
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Nos EUA, paciente é quem manda

Manter o paciente a par do seu tratamento e integrar família e amigos à rotina do hospital. Essas são as principais mudanças por que passaram as instituições norte-americanas na tentativa de minimizar o suplício de quem precisa ficar hospitalizado por muito tempo. O prontuário traz explicações didáticas sobre as drogas que estão sendo ministradas e fica sempre na mão do paciente. Enfermeiras e médicos são treinados para responder às dúvidas da família, que é convidada a participar das decisões mais importantes. Muitos hospitais têm salas de vídeo com almofadas no chão para que o paciente se sinta em casa.
Já as mudanças arquitetônicas começaram a pipocar no fim da década de 80, quando os grandes hospitais nova-iorquinos passaram por reformas e abriram alas especiais para quem se dispõe a pagar entre US$ 200 e US$ 1.000 a mais em troca de serviços de hotelaria cinco estrelas. No Mount Sinai Medical Center, o serviço vip inclui vista do Central Park, chef de cozinha e a possibilidade de dar até pequenas recepções no quarto. O hospital contratou ainda ex-funcionários de hotéis cinco estrelas para atender a pedidos esdrúxulos dos pacientes, como pijamas de seda e pratos exóticos. No Greenwich Hospital, por US$ 300 a mais, o paciente tem direito a serviço de copa, roupão e chinelos. As alas de luxo surgiram em 89 quando o Columbia-Presbyterian, também em NY, colocou piano no saguão de um dos andares e passou a servir no local um farto chá da tarde para pacientes e familiares.
(DANIELA FALCÃO)



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