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Nos EUA, paciente é quem manda
Manter o paciente a par
do seu tratamento e integrar família e amigos à rotina do hospital. Essas são
as principais mudanças
por que passaram as instituições norte-americanas
na tentativa de minimizar
o suplício de quem precisa
ficar hospitalizado por
muito tempo. O prontuário traz explicações didáticas sobre as drogas que estão sendo ministradas e fica sempre na mão do paciente. Enfermeiras e médicos são treinados para
responder às dúvidas da
família, que é convidada a
participar das decisões
mais importantes. Muitos
hospitais têm salas de vídeo com almofadas no
chão para que o paciente
se sinta em casa.
Já as mudanças arquitetônicas começaram a pipocar no fim da década de
80, quando os grandes
hospitais nova-iorquinos
passaram por reformas e
abriram alas especiais para quem se dispõe a pagar
entre US$ 200 e US$ 1.000
a mais em troca de serviços de hotelaria cinco estrelas. No Mount Sinai
Medical Center, o serviço
vip inclui vista do Central
Park, chef de cozinha e a
possibilidade de dar até
pequenas recepções no
quarto. O hospital contratou ainda ex-funcionários
de hotéis cinco estrelas para atender a pedidos esdrúxulos dos pacientes,
como pijamas de seda e
pratos exóticos. No
Greenwich Hospital, por
US$ 300 a mais, o paciente
tem direito a serviço de
copa, roupão e chinelos.
As alas de luxo surgiram
em 89 quando o Columbia-Presbyterian, também
em NY, colocou piano no
saguão de um dos andares
e passou a servir no local
um farto chá da tarde para
pacientes e familiares.
(DANIELA FALCÃO)
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