São Paulo, quinta-feira, 04 de julho de 2002
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poucas e boas

Drogas combatem sequela de derrame

GABRIELA SCHEINBERG
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A cada cinco segundos, uma pessoa sofre um derrame, ou AVC (acidente vascular cerebral), no mundo. No Brasil, estima-se que a cada dois minutos ocorra um AVC. E, das pessoas acometidas, cerca de 20% a 30% sofrem uma perda gradual da cognição e atingem a demência em aproximadamente um ano. A boa notícia é que especialistas descobriram uma combinação de drogas que consegue prevenir isso.
Um estudo internacional que acompanhou por cinco anos cerca de 6.000 pacientes de dez países que haviam sofrido derrame avaliou a ação do uso combinado de duas drogas: o anti-hipertensivo perindopril e o diurético indapamida. Segundo a pesquisa, divulgada na semana passada, em Praga (República Tcheca), durante a 19ª Reunião Científica da Sociedade Internacional de Hipertensão, a combinação reduziu em 34% o risco de demência e em 45% a perda severa da cognição - a capacidade de raciocinar e de processar informações.
"Esse estudo é um grande progresso no tratamento de demência decorrente de um AVC", afirma Décio Mion Jr., chefe da Unidade de Hipertensão do HC, que esteve no evento. Os dois remédios devem ser tomados diariamente, por via oral, até por quem não sofre de pressão alta. "Mesmo entre pessoas com pressão normal, mas que já sofreram um derrame, as drogas diminuem o risco de demência de forma segura", diz Mion.
De acordo com Maurício Wajngarten, diretor do serviço de cardio-geriatria do Instituto do Coração (Incor), o risco de derrames aumenta com a idade, por isso o problema é mais frequente em idosos. Cerca de 5% a 10% das pessoas acima de 65 anos têm AVCs. A incidência chega a 20% entre aquelas com mais de 80 anos. Tratar a pressão alta desses pacientes é um desafio, pois muitos desconhecem o quadro ou não conseguem seguir à risca as recomendações. "Acho que convencer alguém a tomar um remédio para prevenir demência será mais fácil do que se fosse para controlar a pressão", afirma Wajngarten. "E a vantagem dessa combinação de drogas é que ela estará simultaneamente tratando a pressão alta e prevenindo futuros derrames."

Felicidade feminina O contato com o sêmen durante a relação sexual faz com que a mulher sinta-se mais feliz, sugere estudo da Universidade Estadual de Nova York (EUA). O esperma contém hormônios que afetam o humor. Mas o pesquisador Gordon Gallup alerta: esse efeito é muito menos importante que praticar sexo seguro para evitar gravidez indesejável e doenças sexualmente transmissíveis.

Sono na medida certa Não é preciso passar a noite em claro para sofrer o impacto da falta de sono. Após uma semana dormindo seis horas por noite, no lugar de oito, a pessoa já sente aumento da sonolência diurna e diminuição da capacidade de fazer tarefas que exigem coordenação e raciocínio, e o organismo fica mais propenso a inflamações, indica estudo da Universidade da Pensilvânia (EUA).

Guias para diabéticos A editora Anima (tel. 0/xx/21/2235-5600) está lançando "101 Dicas para Melhorar sua Glicemia" (128 págs.) e "101 Dicas para Permanecer Saudável com Diabetes" (137 págs.). Escritos por especialistas da Universidade do Novo México (EUA), os livros respondem às dúvidas mais comuns dos diabéticos e dão sugestões para o dia-a-dia. Cada um custa R$ 25.

Natureza para as meninas Estudar ou brincar em ambientes com vista para áreas verdes estimula a concentração e a autodisciplina das garotas, o que pode melhorar o desempenho escolar. A conclusão é de um estudo feito na Universidade de Illinois (EUA), que analisou 169 crianças de 7 a 12 anos. Os benefícios do contato visual com a natureza não foram observados nos garotos.

Dança com Violla O Itaú Cultural (av. Paulista, 149, Bela Vista, SP) está oferecendo aulas gratuitas de dança com o coreógrafo J. C. Violla, acompanhado pelos DJs Facundo e Sergio e pelas professoras Monika Bernardes (10/7), Nelly Guedes (17/7) e Angela Nolf (24/7). Informações pelos tels. 0/xx/11/3268-1776 e 3268-1777.

Câncer de estômago afeta mais homens (18 em 100 mil) que mulheres (8 em 100 mil) no Brasil



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