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Nos caminhos de Buda
"Não dá para organizar o que está
fora de nós sem nos voltarmos para
dentro. É como se olhássemos para
um espelho embaçado, tentássemos
limpá-lo, e ele voltasse a ficar turvo de
novo." Se a prática do budismo tibetano, desde 1998, já levava o gerente de
projetos Anderson Mendes Jacopetti, 27, a ter esse pensamento, a viagem
que ele fez no ano passado para o Nepal e para a Índia reforçaram ainda
mais essa filosofia.
Ele foi para participar de um ritual
de cremação de um grande lama tibetano. Aproveitou para visitar cavernas de meditação, monastérios, além
de passar por lugares onde Buda atingiu a iluminação. "Consegui perceber
o quanto meu dia-a-dia estava agitado. O ritmo alucinante do trabalho, a
pressão constante para conquistar cada vez mais sucesso, tudo isso agride
muito nossa verdade interior."
De volta à rotina da cidade grande,
percebeu que a busca pela espiritualidade pode fazer com que os valores
assimilados pelo homem ocidental
sejam repensados. "Nós vivemos uma
rotina muito tensa, cheia de preocupações desnecessárias. Os orientais
não procuram a felicidade em coisas
materiais. Aprendi que o equilíbrio
entre corpo, mente e espírito é indispensável para conseguirmos nos
manter saudáveis em meio a essa rotina atribulada."
(AA)
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