São Paulo, quinta-feira, 05 de setembro de 2002
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Síndrome afeta crianças

"Poxa, pai, tô cansado... O professor me mandou nadar dez piscinas!" Se o garoto em questão, de nove anos, não fosse filho do fisiologista do movimento Paulo Zogaib, talvez continuasse a encarar as "piscinas" semanais. "O professor percebeu que ele era bom e abusou na hora do treino. Tirei-o da aula", diz Zogaib, com receio do overtraining, síndrome que cresce entre crianças.
Os responsáveis: pais e treinadores afoitos para transformar os pequenos em atletas e a agenda estressante das crianças de hoje. "Elas vão à escola, ao curso de computação, fazem balé, judô, e essa correria pode levar à síndrome", alerta o médico. E, como dificilmente as pessoas associam os sintomas -os mesmos dos adultos- à prática de exercícios, o overtraining passa desapercebido.
"O pai vê o filho irritado, mas não pensa que é pelo excesso de atividade física", diz Fernanda Lima, médica do esporte do HC e da Bio Ritmo. Além disso, criança não gosta de descansar, e o corpo acaba ficando sem o repouso necessário, diz Zogaib.


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