São Paulo, quinta-feira, 05 de outubro de 2000
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Descarte de embriões

Embriões congelados de pais separados, "espermatozóides órfãos" e gestações múltiplas. Tanta novidade criou dilemas éticos que casais e médicos resolvem com bom senso para compensar a falta de legislação.
Uma das questões mais complicadas é decidir o que fazer com os embriões não utilizados. Eles podem ficar congelados por até três anos, enquanto os pais decidem se vão querer mais filhos. "Não dá para manter mais tempo porque eles perdem a capacidade reprodutiva", explica Roger Adbelmassih. Casais nessa situação são chamados anualmente à clínica para dizer se pretendem manter os embriões congelados. "O problema surge quando o casal se separa e não consegue chegar a um acordo. Ou em casos como o do Leandro (da dupla sertaneja Leandro & Leonardo), em que o pai morre, e o sêmen fica aqui."
Outro ponto polêmico é o número de embriões que podem ser implantados no útero da paciente. Como as drogas usadas para estimular a produção de óvulos diminuem a capacidade de adesão do embrião à parede do útero, é praxe colocar mais de um. Daí a grande incidência de gêmeos, trigêmeos e, com menos frequência, quíntuplos e até séptuplos. O Conselho Federal de Medicina recomenda que só quatro embriões sejam implantados, mas a decisão final cabe ao médico e à família.


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