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Descarte de embriões
Embriões congelados de
pais separados, "espermatozóides órfãos" e gestações
múltiplas. Tanta novidade
criou dilemas éticos que casais e médicos resolvem com
bom senso para compensar
a falta de legislação.
Uma das questões mais
complicadas é decidir o que
fazer com os embriões não
utilizados. Eles podem ficar
congelados por até três
anos, enquanto os pais decidem se vão querer mais filhos. "Não dá para manter
mais tempo porque eles perdem a capacidade reprodutiva", explica Roger Adbelmassih. Casais nessa situação são chamados anualmente à clínica para dizer se
pretendem manter os embriões congelados. "O problema surge quando o casal
se separa e não consegue
chegar a um acordo. Ou em
casos como o do Leandro (da
dupla sertaneja Leandro &
Leonardo), em que o pai
morre, e o sêmen fica aqui."
Outro ponto polêmico é o
número de embriões que podem ser implantados no útero da paciente. Como as drogas usadas para estimular a
produção de óvulos diminuem a capacidade de adesão do embrião à parede do
útero, é praxe colocar mais
de um. Daí a grande incidência de gêmeos, trigêmeos e,
com menos frequência,
quíntuplos e até séptuplos.
O Conselho Federal de Medicina recomenda que só quatro embriões sejam implantados, mas a decisão final
cabe ao médico e à família.
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