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Alimento processado eleva risco de depressão
Pessoas que ingerem grandes quantidades de alimentos
industrializados têm 58%
mais chance de sofrer de depressão em comparação com
as que mantêm uma dieta rica
em peixes, vegetais e frutas. A
constatação é de um estudo
publicado no periódico "British Journal of Psychiatry".
Dados sobre a dieta de
3.500 participantes com 55
anos de idade, em média, foram divididos em dois grupos,
segundo o tipo de alimento
que eles costumavam ingerir.
O grupo dos que consumiam mais comida processada -como sobremesas adoçadas, fritura, grãos refinados e
produtos lácteos com alto
teor de gordura- mostrou-se
mais vulnerável à depressão
em um período de acompanhamento de cinco anos.
Ainda não está claro por
que alguns tipos de comida
podem proteger contra a
doença ou aumentar a chance
de uma pessoa desenvolver o
problema, mas cientistas
acreditam que pode haver
uma relação com inflamação,
assim como ocorre com doenças cardíacas.
Os cientistas fizeram ajustes para gênero, idade, nível
educacional e de atividade física, tabagismo e doenças crônicas e, depois disso, a dieta
mostrou-se um fator importante para a depressão.
Segundo o psiquiatra Renério Fráguas, coordenador da
residência médica do Instituto de Psiquiatria da USP, sabe-se que um aporte insuficiente de vitamina B12, folato
e ômega 3 deixa a pessoa mais
vulnerável ao transtorno depressivo. Ele pondera, no entanto, que é difícil saber se a
organização pessoal, o hábito
de sono e o nível de estresse,
por exemplo, interferem no
risco de depressão e, consequentemente, nos resultados
da pesquisa.
"Pode ser que as pessoas
que comem mais processados
tenham uma vida mais estressante, o que pode aumentar o
risco de ter a doença", afirma.
"Isso relativiza os achados."
INDUSTRIALIZADOS Consumir muitos doces, frituras e
gordura eleva chance de sofrer de depressão
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