São Paulo, quinta-feira, 06 de julho de 2006
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Sinto o cheiro das meninas do corredor

"Sempre que saio do elevador do meu prédio, antes mesmo de abrir a porta do apartamento, eu sinto um cheiro certo. O cheirinho das minhas filhas. O mesmo que elas têm desde que eram bebês."
A declaração vem de uma especialista em perfumes, a farmacêutica Luciana Knobel, 34, que trabalha há 11 anos com criação de fragrâncias.
O olfato já sensível de Luciana ficou ainda mais aguçado quando ela engravidou da primeira filha, Carolina, hoje com seis anos. Na época, até o cheiro do xampu lhe dava enjôos. O paladar seguiu a mesma linha, e ela riscou vários alimentos do cardápio.
Depois que Carolina nasceu, aquela hipersensibilidade diminuiu -mas não totalmente. E ela, que era viciada em café puro, até hoje só consegue tomar café misturado com leite, para que o cheiro e o sabor se tornem mais suaves.
A chegada das filhas também foi acompanhada de um salto na carreira de Luciana. Nos últimos seis anos, ela foi chamada por uma das empresas líderes na produção de fragrâncias no mundo para ocupar a gerência de perfumaria fina na América Latina, aprendeu espanhol e, recentemente, concluiu um curso sobre liderança. Agora, quer começar a estudar francês.
"Minhas filhas são minha prioridade, mas quem não seguir o ritmo no trabalho está fadado a ser descartado. Por isso, tento equilibrar sempre as duas coisas", afirma a farmacêutica. (AL e FM)


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