São Paulo, quinta-feira, 06 de julho de 2006
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Mudei de emprego por ter tido um filho

O nascimento de Antonio, 3, foi fundamental para motivar Juliana Mendonça Gentil Tucunduva, 32, a enfrentar um novo desafio profissional. "Se eu não tivesse filho, não estaria no cargo em que estou hoje", conta ela, atualmente promotora de Justiça de Carapicuíba, a 25 quilômetros de São Paulo.
A função oferecia uma série de vantagens em relação ao cargo anterior de Juliana, na promotoria de Jandira, cidade localizada a 28 quilômetros da capital. Mas previa uma nova atribuição: trabalhar junto a júris. "Eu não me sentia à vontade em relação aos debates orais", lembra Juliana.
O fator decisivo para ela, ainda assim, aceitar a mudança foi a distância. Para chegar a Jandira, Juliana demorava pouco mais de 1h. Já para ir a Carapicuíba, gastaria cerca de 40 minutos.
A diferença, mesmo pequena, era importante para a promotora, pois permitiria um convívio maior com o filho, e, caso ele ficasse doente, por exemplo, ela poderia levá-lo mais rapidamente ao médico.
"Se eu não tivesse o Antonio, provavelmente ficaria esperando uma outra oportunidade que não tivesse júri", conta Juliana, que, uma vez instalada na nova função, começou a gostar das novas atribuições.
"Acho que a maternidade me deixou mais firme e prática. Antes, diante de determinada ação, eu ficava um pouco insegura. Agora sou mais objetiva. Quanto ao júri, não sinto o mesmo receio. Descobri que sou capaz e adoro o que faço."


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