São Paulo, quinta-feira, 06 de julho de 2006
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Poucas e boas

Mais novas agridem idosas, aponta levantamento

As mulheres mais novas agridem as idosas. Essa é uma das conclusões de um levantamento com 898 pessoas de mais de 60 anos feito pelo Claves (Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde), da Fundação Oswaldo Cruz.
Entre os idosos atendidos em 2004 pela Delegacia do Idoso e pelo Núcleo Especial de Atendimento à Pessoa Idosa (Neap), ambos no Rio de Janeiro, as mulheres eram, respectivamente, 62% e 76% das agredidas. Como a maioria dos agressoras também era do sexo feminino, concluiu-se que o "cenário era de mulheres jovens agredindo idosas".
O vínculo das vítimas com os agressores ajuda a sustentar a idéia: 54% das pessoas que agrediram eram filhos ou enteados da vítima.
Os idosos se queixam principalmente de maus-tratos físicos ou psicológicos (48%) e de apropriação indébita de bens (13%). Em seguida constam lesão corporal, crueldade e negligência, abandono, estelionato e discriminação.
O estudo aponta ainda que os mais velhos não prestam queixa, muitas vezes, por receio do abandono da família. Em 2000, morreram por dia, em média, 37 idosos por acidentes ou violência no Brasil. Entre 1991 e 2000, a porcentagem de pessoas com mais de 60 anos aumentaram muito mais que a do resto da população (35% contra 14%).


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