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São Paulo, quinta-feira, 06 de novembro de 2003
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Álcool e memória
"Gostaria de saber se a bebida alcoólica elimina os neurônios existentes em nosso cérebro ou se isso é só um mito. Isso dificulta a memória?"
Mauro Takemura, São José do Rio Preto, SP

Devido à descamação normal do cérebro, uma pessoa com cerca de 40 anos perde 80 mil células nervosas, em média, a cada dia. "Com o uso constante de álcool etílico, essa perda pode dobrar, e geralmente o órgão mais afetado é o cerebelo", diz Henrique Goldberg, professor de neurocirurgia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Por isso um usuário crônico pode apresentar alterações no equilíbrio mesmo se estiver há algum tempo sem beber. Segundo Goldberg, a memória é uma das primeiras funções a ser comprometida por causa do uso indiscriminado do álcool, atrapalhando a fixação das informações ou até "apagando" os registros já existentes.

Dores nas juntas
"Ao acordar, não consigo fechar as mãos de tanta dor nos dedos e tenho dificuldade, por exemplo, para abrir uma garrafa. Sinto também ardência na palma das mãos e, quando me levanto, dores nas juntas das costas e das pernas. Exames para reumatismo deram negativo. Tomo medicamentos para hipertensão e colesterol e tive derrame cerebral e anemia. Minha dúvida é se esses sintomas somente podem ser causados por reumatismo."
Angelo Claudiney Nogueira, São Paulo, SP

Segundo o ortopedista Sérgio Morioka, do Hospital Santa Rita (SP), dor nas pequenas juntas associada às dificuldades descritas podem ter inúmeras causas além do reumatismo, como osteoartrite, microfraturas decorrentes de osteoporose avançada e sequelas neurológicas do derrame. É recomendável fazer uma avaliação inicial com um reumatologista, que pode encaminhar o paciente para outros especialistas caso seja necessário.

Mal-estar persistente
"Tenho 44 anos. Em 1999, comecei a sentir tonturas e zumbidos, e foi diagnosticada uma labirintite. A partir de dezembro de 2001, comecei a me sentir mal diariamente (dor no lado esquerdo da cabeça, sensação de desmaio, pressão em queda, falta de ar, palidez e perda de peso). Todos os exames tiveram resultado negativo. Diagnóstico: estresse, ansiedade e depressão. Tomo vários remédios -calmantes, antidepressivos etc.-, mas o mal-estar continua."
Atilio Mateus Valencia, São Paulo, SP

"As queixas, o período de evolução dos sintomas e os exames com resultados normais são compatíveis com os diagnósticos de labirintite e depressão com distúrbio de ansiedade", diz o neurologista Clovis Guedes, do Hospital 9 de Julho (SP). Mesmo assim, o especialista recomenda uma reavaliação com o médico que está tratando o paciente. Se o diagnóstico for confirmado, talvez seja necessário modificar ou ajustar a medicação.


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