"Quanto mais um profissional cresce em uma empresa, mais solitário ele é", afirma o consultor de negócios Simon Franco nas conferências que faz, ocasiões em que tem defendido a importância do personal coach no contexto atual dos negócios.
Profissional que vai acompanhar a carreira de um executivo dentro da empresa, o personal coach é um misto de conselheiro e confidente. "Atuamos como o alter ego do executivo; somos quase como aquele bom amigo que sempre está disponível nas horas de precisão", diz Simon Franco.
Muitas vezes em reuniões fora do ambiente empresarial, como em um restaurante, o personal coach avalia o desempenho do profissional e traça metas e objetivos para ele se aprimorar.
"Como não fazemos parte da empresa, temos neutralidade para apontar qualidades e deficiências, o que contribui para o desenvolvimento do executivo; posso dizer, olhando no olho dele, o que eu penso", diz Franco.
Além disso, o personal coach não compete com o executivo, não é uma ameaça, na opinião do consultor Ugo Franco Barbieri. "Podemos indicar pontos fracos sem que o executivo ache que é intriga da oposição", diz ele.
Na maioria das vezes, é a própria empresa que contrata o personal coach para acompanhar seus executivos. "O que é positivo, até porque evita que os planos profissional e pessoal se misturem", diz o consultor Roberto Santos. Porém há casos em que o próprio executivo contrata o personal coach.
"E, mesmo em casos assim, não se mistura o profissional com o pessoal", diz Franco. O que acontece é o personal coach perceber que algum fator pessoal está interferindo no dia-a-dia dentro da empresa. "Daí nossa obrigação é orientá-lo."
A frequência dos encontros entre o personal coach e o profissional varia, mas dificilmente as reuniões vão ocorrer menos que uma vez por semana. E, sempre que houver necessidade, o executivo pode acionar seu coach por telefone ou via internet.
"Nosso papel é ajudar o executivo a pensar; cutucá-lo, instigá-lo a progredir sempre", diz Franco