GABRIELA SCHEINBERG
FREE-LANCE PARA A FOLHA

No final deste mês, chega às farmácias um novo medicamento para artrite reumatóide, doença crônica caracterizada por forte dor nas articulações e que afeta mais de 2 milhões de brasileiros. O etanercepte faz parte de uma nova família de remédios para artrite: os biológicos. Outras drogas atenuam os sintomas, mas não conseguem impedir o avanço da doença. Já os biológicos interferem em um dos principais fatores responsáveis pela doença.
A artrite reumatóide é provocada pelo próprio corpo, que começa a atacar a si próprio. O alvo desse ataque são as articulações, como mãos, joelhos, cotovelos e tornozelos. O organismo desencadeia um processo inflamatório nas articulações, provocando dor e destruindo as juntas. Essa destruição pode incapacitar a pessoa.
O etanercepte consegue "desativar" o TNF (fator de necrose tumoral, uma proteína que atua no desencadeamento da inflamação) e, assim, interrompe o processo inflamatório. "Cerca de 80% dos pacientes com artrite reumatóide se beneficiam desse mecanismo", explica o reumatologista Andreas Reiff, professor do Children's Hospital, em Los Angeles (EUA), que esteve em São Paulo, na semana passada, para divulgar o resultado de pesquisas com esse medicamento.
Há vários mecanismos que provocam inflamação. Aquele que envolve o TNF é o mais frequente em dois casos de artrite: a reumatóide e a crônica juvenil, que afeta crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos. "Tanto em adultos como em crianças, a droga consegue reduzir a inflamação e também bloquear a destruição das articulações", afirma Reiff.
A droga é administrada duas vezes por semana, por meio de injeções subcutâneas que podem ser tomadas em casa. "Essa não é a única droga biológica disponível no mercado brasileiro, mas seu conceito é inovador", diz o especialista Jamil Natour, presidente da Sociedade Paulista de Reumatologia.
Nos Estados Unidos, o custo mensal do tratamento com o etanercepte é US$ 1.500, segundo Reiff. No Brasil, o preço ainda não foi definido.

Mundialmente, a expectativa de vida aumentou oito anos desde 1970; hoje, a média é 67 anos

Cinema dietético
Dica para quem quer emagrecer: pense duas vezes antes de assistir a um filme de terror. Em uma pesquisa feita na Escola de Medicina de Chicago (EUA), 91 mulheres em dieta foram convidadas para ver um filme e depois ir a um bufê. O grupo que assistiu a um filme de terror saiu da dieta e comeu muito mais que as voluntárias que viram uma comédia ou um filme sobre viagens.

Conversando sobre a dor
No próximo sábado (10/5), a partir das 14h, em São Paulo, será realizada uma palestra para leigos sobre causas e tratamentos para vários tipos de dor, inclusive as de cabeça. O evento, gratuito, faz parte da programação do 6º Simbidor (Simpósio Brasileiro e Encontro Internacional sobre Dor). Os interessados devem se inscrever previamente pelo tel. 0/xx/11/3889-0066.

Para evitar e tratar
O Hospital do Câncer (SP) está lançando "A Radioterapia e Você" (66 págs.), "A Quimioterapia e Você" (70 págs.), "Dicas de Alimentação" (66 págs.) -com orientações para pacientes- e "Cartilha de Prevenção do Câncer em Mulheres" (24 págs.). Preço: o hospital sugere doação de R$ 10 e despesas postais para adquirir cada livro. Pedidos: tel. 0/xx/11/3272-5075.

Óleo contra hipertensão
Segundo pesquisa realizada na Universidade Annamalai (Índia) e apresentada no encontro anual da Sociedade Interamericana de Hipertensão, o consumo diário de óleo de gergelim no preparo das refeições ajuda a reduzir a pressão arterial. O estudo foi feito com 328 pacientes hipertensos. O óleo de gergelim é rico em substâncias que ajudam a reduzir o colesterol.

Soja e próstata
A soja pode ajudar a retardar o avanço do câncer de próstata, sugere estudo da Universidade da Califórnia (EUA). Entre voluntários que não apresentavam sintomas da doença e consumiram suplementos à base de soja, o nível de PSA (substância que indica a existência do câncer) diminuiu de 3% a 61%.


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